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Visitas a experiências de produção agroecológica e de comercialização em Uauá marcam intercâmbio entre comunidades

Visitas a experiências de produção agroecológica e de comercialização em Uauá marcam intercâmbio entre comunidades

Agricultoras e agricultores das comunidades de Cabeçudo, Capuchu, Frade, Santana, Sítio do Alexandre e Urtiga, em Curaçá-BA, e de Barra da Fortuna, em Uauá, participaram de um intercâmbio entre os dias 15 e 17 de fevereiro. As atividades foram marcadas por ricos momentos de partilha de experiências e de aprendizados.

Na roça do agricultor Alcides Peixinho, na comunidade de Escondido, o grupo de participantes trocou informações sobre uma série de tecnologias de Convivência com o Semiárido, passando por cuidados com o solo, sistemas de produção sustentáveis e de Recaatingamento. Alcides, que também é o diretor vice-presidente do Irpaa, levou o grupo para conhecer a implantação do projeto de agrocaatinga, onde ele faz o cultivo de árvores frutíferas como umbuzeiro, goiaba, pinha, maracujá, acerola, umbu, manga e araticum, em meio à caatinga.

A jovem Jaqueline dos Santos, da comunidade de Barra da Fortuna, avaliou que conhecer a experiência de vida de Seu Alcides lhe despertou aprendizados importantes. “Gostei bastante, é muita aprendizagem para a gente conhecer experiências como a do Mandacarú e do Recaatingamento, juntamente com árvores frutíferas, que servem tanto para a venda como para o consumo”. Ela destacou ainda que conhecer pessoas com mais experiência é uma grande oportunidade de conhecimento, "para a gente que somos jovens, conhecer pessoas de mais idade que possam passar essa aprendizagem para a gente é muito bom ".

As práticas do sr. Alcides também chamou a atenção de Edilson Cunha, da comunidade de Santana. “É a área que eu mais gosto, porque você vai trabalhar preservando e, ao mesmo tempo, plantando as suas fruteiras para manter seu sustento extra para a família. Muito proveitoso.”

Outro local visitado foi a Associação dos Apicultores de Uauá (Asapicuaba), na comunidade de São Bento, onde foram socializadas experiências e dicas para a implementação de sistemas de apicultura e comercialização de mel. A agricultora Maria da Graça (Gracinha), de Capuchu, afirma que gostou do que viu e que gostaria de levar mais iniciativas para a sua comunidade. “Eu estava muito interessada na criação da abelha, porque lá é uma terra que tem muito animal silvestre e abelha. Eu fico o tempo todo acompanhando Betinho (colaborador do Irpaa) em palestras, para ver se levo uma dessas experiências pra lá”.

Na comunidade Pedra Grande, o grupo conheceu as práticas da agricultora Railda Ferreira de Matos e seu companheiro José Santos com o cultivo de hortaliças, verduras e legumes. A família é uma referência, pois já acumula mais de 40 anos de práticas produtivas. Uma oportunidade de conhecimento que foi marcante para Sileide Pereira, da comunidade do Frade, que participou do intercâmbio pela primeira vez. “Me chamou muita atenção e me identifico muito, pois também sou contemplada por esse programa (de Ater) e sei que é muito bom para a saúde das famílias, para melhorar a alimentação e também para angariar fundos para viver melhor em sua localidade. Que as pessoas possam despertar que no nosso sertão a gente consegue sobreviver. É só aprender a conviver com o Semiárido.”

Finalizando as atividades, as/os participantes visitaram ainda a nova Unidade de Beneficiamento de Leite de Cabra da comunidade de Testa Branca. No local, foram partilhadas as experiências de criadoras/es de caprinos que fornecem material para a produção de queijo e iogurte. Elas/es recebem acompanhamento e assistência técnica da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc).

Ao longo do evento, em cada local visitado, diversos assuntos foram abordados, com destaque para a importância da organização social como caminho para o fortalecimento da luta pela demarcação do território e reconhecimento das comunidades Tradicionais de Fundo de Pasto, além de dicas de planejamento a longo prazo, para manter a produção ativa mesmo nos períodos de estiagem.

Para o colaborador do Irpaa e coordenador dessas atividades em Uauá, Manuel Ribeiro (Betinho), esse intercâmbio entre comunidades cumpriu o objetivo de apresentar experiências relacionadas à comercialização com produtos oriundos da agricultura familiar e para potencializar e fortalecer iniciativas produtivas agroecológicas. "Foi um momento bacana. As famílias gostaram, puderam interagir e trocar experiências, tanto as que estão vindo, quanto as receptoras”.

Ao todo, participaram desta rodada do intercâmbio 35 pessoas de 28 famílias assessoradas pelo Irpaa, através do Ater Agroecologia. Este projeto acompanha 540 famílias agricultoras nos municípios Casa Nova, Curaçá, Uauá, Juazeiro, Remanso e Pilão Arcado e objetiva promover o desenvolvimento da agricultura familiar, através da Convivência com o Semiárido.

As ações têm o financiamento do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater).

Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa

 


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