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Comunidades rurais do Semiárido baiano conhecem projeto que visa contribuir com a qualidade de vida e acesso aos direitos básicos

Comunidades rurais do Semiárido baiano conhecem projeto que visa contribuir com a qualidade de vida e acesso aos direitos básicos

Em meio a tantas lutas para que os direitos básicos das pessoas sejam respeitados e garantidos, possibilitando uma vida digna, promover o desenvolvimento econômico equitativo, sustentável, participativo e inclusivo no Brasil é o objetivo do projeto “Agenda 2030 no Semiárido baiano”. Iniciativa que busca contribuir com a organização social, segurança alimentar e nutricional, educação contextualizada para Convivência com o Semiárido, sustentabilidade ambiental, fortalecimento e ocupação de espaços de poder por mulheres e jovens, segurança hídrica, implementação de sistemas de saneamento rural e Recaatingamento.

O Projeto que atua em quatro territórios de identidade baianos, contemplando 20 comunidades localizadas em 10 municípios, iniciou a apresentação da proposta às comunidades selecionadas a partir de possíveis potenciais a serem trabalhados. Assim, na última terça-feira (23), a comunidade Quilombola Ferrete, em Curaçá-BA, participou de uma reunião de apresentação do projeto e realização de diagnóstico da comunidade.

No encontro, os integrantes da Associação Quilombola dos Produtores Rurais da comunidade de Ferrete puderam conhecer os objetivos do Projeto que gira em torno do bem comum e da Convivência com o Semiárido, e firmaram o compromisso de seguir juntos buscando melhorias para a comunidade. O momento propiciou também a realização do diagnóstico comunitário, visando identificar a realidade local antes do início do projeto, possibilitando o monitoramento dos avanços após a atuação do Agenda 2030.

Para obter essas informações foi realizada a Linha do Tempo, que define um marco temporal determinado pela comunidade, e segue inserindo as conquistas e acontecimentos marcantes; e a Matriz FOFA, que identifica as fortalezas, fraquezas, oportunidades e ameaças da comunidade.

Além disso, o colaborador do Irpaa, Paulo César Santos, destaca a importância de obter outras informações sobre a comunidade e seus integrantes, fazendo “Um levantamento sobre a quantidade de famílias que se encontram em situação de extrema pobreza, quais políticas públicas o grupo já acessa, como, por exemplo, PAA, PNAE; se tem lideranças na comunidade em espaços de decisão; se já acontece alguma ação na comunidade voltada a questão ambiental; se têm ação ou área de Recaatingamento, ou se tem potencial para receber um projeto. Todas essas informações são levantadas para que a gente possa ter um norte das ações e das atividades que vamos estar desenvolvendo”.

Sobre a participação da comunidade Quilombola Ferrete no Projeto, o presidente da Associação, Alberico de Brito, considera que o projeto é muito importante para a comunidade. “Um dos pontos que eu achei mais importante é buscar a participação dos jovens e mulheres nas organizações. Na nossa comunidade, as mulheres participam, já a juventude é um pouco ausente desses momentos de discussão”.

Já para a sócia da Associação, Juliana Nunes, o que mais lhe chamou a atenção sobre o Projeto foi em relação às tecnologias de saneamento rural, que podem contribuir com a qualidade de vida dos moradores da comunidade. “As crianças e bichos ficam tendo acesso ao esgoto, é uma grande necessidade mesmo, devido as crianças correrem, brincarem. Também é uma grande ameaça a nossa natureza. Também tem a questão das doenças que a falta de saneamento traz. Então, eu vejo como uma grande melhoria na nossa comunidade”.

Com o objetivo de possibilitar essas e outras melhorias para as famílias rurais do Semiárido baiano, “A perspectiva é que ao longo desse período, a gente possa fazer diversas atividades, ações e intervenções no sentido de melhorar de alguma forma a qualidade de vida dessas pessoas, o fortalecimento do trabalho social, das organizações e todas as questões que estejam em torno do bem comum das famílias que estão naquela comunidade”, destaca Paulo César.

O “Agenda 2030 no Semiárido baiano” que tem duração de três anos, será executado nos municípios: Campo Formoso, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro e Sento Sé, pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa); e nos municípios: Araci, Barrocas, Nova Fátima, Santaluz e Teofilândia pelo Movimento de Organização Comunitária (MOC). O Projeto é financiado pela União Europeia através da Horizonte 3000.

Texto e foto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
 


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