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“A gente tem que ter uma terra suficiente para trabalhar”, diz agricultor de Curaçá – BA

“A gente tem que ter uma terra suficiente para trabalhar”, diz agricultor de Curaçá – BA

Conhecedor e experimentador das práticas de Convivência com o Semiárido, Floriano Varjão, afirma que a terra em tamanho adequado é algo que deve ser considerado no Semiárido brasileiro. Em sua propriedade na comunidade de Pau Ferro, interior de Curaçá, no sertão da Bahia, encontram-se tecnologias como cisterna de consumo humano e de produção e áreas de plantação de fruteiras, plantas medicinais, hortaliças, plantas nativas da caatinga e forrageiras. O uso adequado de sua propriedade tem garantido o sustento de sua família, sobretudo neste período de estiagem.

A produção de palma associada á ração armazenada no período verde, foram essenciais na alimentação do rebanho. O feno e o silo produzido já não existem mais, pois há muitos meses não chove na região, “mas junto com a palma serviu para alimentar o rebanho e principalmente os cabritos que nasceram, e até hoje não perdi nenhum por fome. Se não tivesse plantado a palma meus caprinos teriam morrido como aconteceu como muitas pessoas aqui” testemunha Floriano.

Ele afirma que as tecnologias e a formação trazidas pelo Irpaa promovem um avanço significativo na melhoria da qualidade de vida da família e também da comunidade, mas para Floriano, no entanto, é preciso garantir algo que também é a base para a Convivência com o Semiárido: a terra em tamanho apropriado para a produção de base familiar.

Quando fala sobre o acesso e o tamanho, o agricultor faz referência a necessidade de propriedades com espaço para criação cabras, ovelhas, galinhas, porcos e outros animais de pequeno porte, e que possa comportar também outras técnicas como o cultivo de espéceis forrageiras a serem usadas na alimentação desses animais, assim como a produção de alimentos para a família ou até mesmo para a criação, a exemplo de hortaliças, frutas, grãos, etc. Além disso, uma área para preservação, na opinião de Floriano, é também de extrema importância para manutenção e reprodução da fauna e da flora nativa.

Desafios

Na região de Pau Ferro, existem áreas de fundo de pasto, onde os animais são criados soltos e de forma coletiva. Contudo, muitas destas áreas hoje já estão ameaçadas por grandes empreendimentos, os quais podem inviabilizar o modo de vida das famílias. “A gente tem travado com os governos a luta para que seja regularizadas essas terras, muitas vezes as famílias estão cercadas por grandes fazendeiros, tem também as mineradoras que chegam e não tem compromisso nenhum com a vida que a gente tem aqui, invadem a área que a gente vive e quando saem deixam só o prejuízo. A luta então é para garantir a área coletiva para criar os animais e as individuais pra gente organizar a produção na properiedade”, explica Floriano.

Uma das lutas de muitas comunidades rurais de Curaçá é portanto pela permanência na terra, onde possam viver de um jeito próprio e buscar soluções viáveis para conviver com o clima.
 


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