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Agricultoras/es do Sertão do São Francisco participam de mais uma formação para obter a certificação orgânica

Agricultoras/es do Sertão do São Francisco participam de mais uma formação para obter a certificação orgânica

Um grupo de agricultoras/es assessoradas/os pelo projeto Pró-Semiárido no Território Sertão do São Francisco (TSSF), participou do quinto módulo de formação sobre produção e certificação orgânica participativa, formato que viabiliza a possibilidade de grupos de agricultoras/es certificarem a produção de outras/os agricultoras/es familiares, sem a necessidade de contratação de uma empresa.

O processo de formação é conduzido pelo Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade Orgânica (OPAC) Rede de Agroecologia Povos da Mata, uma organização criada em 2015, visando metas como: fortalecimento da agroecologia em seus mais amplos aspectos; disponibilização de informações entre os envolvidos; e criação de mecanismos legítimos de geração, credibilidade e garantia dos processos desenvolvidos por seus membros.

Cláudio Lírio, da Rede Povos da Mata está confiante no processo formativo e destaca o potencial do TSSF. “A gente tem percebido o grande potencial que essa região tem para trabalhar a produção orgânica”, declara Cláudio, facilitador do quinto módulo. De acordo com ele, são muitas experiências agroecológicas identificadas no território, tanto de produção, quanto de comercialização.

Há mais de um ano, agricultoras/es participam deste processo formativo, o que até pode ser entendido como um tempo muito longo, porém é fundamental para que haja toda formação necessária, bem como as adaptações essenciais para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos produzidos de forma orgânica. A agricultora, Carmem de Oliveira, assentada do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), no Assentamento São Francisco, em Juazeiro, continua mantendo o foco na certificação dos produtos. “Estamos novamente em formação para a gente dar novos passos e chegar no final que é a certificação dos nossos produtos”, comenta a agricultora. A expectativa é que as primeiras certificações ocorram em 2022.

Ter o certificado de orgânico é algo fundamental para conquistar novos mercados, comenta Clérison Belém, colaborador do Irpaa. “Isso facilita o acesso deles às feiras, dá mais segurança ao consumidor e abre mais possibilidades de mercado. Por exemplo, os supermercados exigem o selo de orgânico, as feiras orgânicas exigem o certificado. Então, abre mais possibilidades para os agricultores comercializar os produtos com garantia e qualidade”, explica.

A formação acontece através do Pró-Semiárido, um projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), mediante acordo de empréstimo entre o Governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), executado no TSSF pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), pelo Serviço Socioambiental no Campo e Cidade (Sajuc) e pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc).


Texto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
Fotos: Povos da Mata


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