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08.05.2013

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Estratégias metodológicas participativas é tema de encontro da equipe de Ater Federal

Discutir e construir estratégias metodológicas para a próxima etapa do Projeto de Ater Federal, a ação do diagnóstico da Unidade da Produção Familiar - UPF, foram os objetivos do III Encontro de formação da equipe de Ater, que aconteceu nos dias 06 e 07 de maio, no Centro de Formação D. José Rodrigues, Juazeiro- BA. Além disto, as pessoas presentes no encontro, participaram de mais um debate a cerca da filosofia do trabalho da instituição, onde toda ação precisa partir do princípio de conhecer para refletir e intervir na realidade, baseada na proposta de Convivẽncia com o Semiárido.

Ao final deste terceiro momento de formação do Projeto, cerca de 50 assessores de campo, coordenação e equipe multidisciplinar, discutíram coletivamente o instrumento e a metodologia de coleta de dados. Para Tiago Pereira, um dos coordenadores do Projeto de Ater Federal, este momento foi crucial para a definição de como se dará a atuação do assessor no trabalho de campo, “o diagnóstico, ele é o marco zero, o referencial do projeto que vai nos ajudar nas futuras intervenções, tanto direcionado para a ação de Ater, de orientação, de acompanhamento, de formação, como também direcionado a parte de estruturação produtiva como prevista no projeto”, pontuou.

Ainda de acordo com Tiago uma das preocupações e desafios da instituição é de como aplicar este instrumento metodológico junto às famílias de forma participativa, já que muitos agricultores/as familiares estão saturados/as com está ação de fornecer informações para diversas instituições por meio de questionários. Para isto, ele esclareceu que é preciso, “considerar alguns contextos macros e externos que muito dessas comunidades estão vivenciando. Então, precisa ter muito um direcionamento holístico, que não fique só preso, simplesmente, ao fator produtivo, mas que leve em consideração todos os outros fatores da UPF”, informou.

O diagnóstico vai começar a ser construindo a partir deste momento e será atualizado trés vezes ao longo do projeto, como uma estratégia de identificar as mudanças ocorridas na realidade das famílias a partir da intervenção. Nesta primeira fase, serão aplicados 2.500 questionários junto às famílias de cinco municípios(Juazeiro, Uauá, Canudos, Curaça, Sobradinho e Casa Nova) do Território Sertão do São Francisco.

O projeto de Ater é uma das ações do Plano Brasil Sem Miséria do Governo Federal, com recursos oriundos do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, sendo gestado pelo Irpaa.

Conhecer para intervir

Foi pauta também durante o encontro uma abordagem sobre os elementos da proposta de Convivência com o Semiárido e uma avaliação da situação da estiagem na região. Além de pontuar aspectos históricos que têm provocado rupturas nos modos de produção tradicional das famílias, foi exposto o caminho contrário realizado por instituições sociais, como o Irpaa, que defendem práticas e ações sustentada na convivência com o semiárido, pontecializando os saberes tradicionais. A exemplo disto, as tecnologias, um dos elementos da convivência, para a nossa região precisam ser adaptadas e apropriadas para a realidade das famílias, “uma tecnologia não pode chegar sozinha, é preciso discutir o manejo”, esclareceu Moacir dos Santos, colaborador do Irpaa.

Em relação a abordagem neste período de estiagem, onde as discussões na sua maioria são pautadas na escassez dos recursos hídricos, o Irpaa vem contrapor esse discurso, “quando todo mundo fala da seca, a gente fala da água, do uso água e da disponibilidade dela”, ressaltou Moacir.

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