IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada

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07.11.2014

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Experiências exitosas em Convivência com o Semiárido são mapeadas em encontro

Iniciativas de cultivos de plantas forrageiras apropriadas, engajamento e participação social, produção de alimentos, geração de renda a partir de atividades produtivas apropriadas, transições agroecológicas, são algumas das experiências de Convivência com o Semiárido experimentadas por agricultores/as familiares e que foram apresentadas e mapeadas durante o VII Encontro de Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater). Realizado no Centro de Formação do Irpaa, o encontro teve início aconteceu nestes dias 06 e 07 e contou com a participação da equipe de colaboradores/as do Irpaa, que atuam diretamente com estas famílias.

Cada técnico/a de Ater, que acompanha 100 famílias, apresentou no minímos três experiências de agricultores/as. O grande foco foram nas atividades produtivas incentivadas e/ou aprimoradas a partir do acesso às tecnologias sociais e a assessoria técnica desenvolvida pelo Irpaa junto a estas famílias. Foram socializados, por exemplo, casos em que a associação comunitária foi retomada a partir destas ações, assim como outras incremetaram a produção conseguindo uma geração de renda a partir da comercialização dos produtos. Houve també relatos de pessoas que deixaram de insitir na criação de animais inadequados a região, como o gado.

“Quando começou tinham famíllias que não tinha o hábito de participar de nada... hoje já tem uma participação maior na comunidade”, explica Maria da Paixão, colaboradora do Irpaa, com atuação em Canudos. Josemário Gonçalves, articulador do município de Juazeiro, destaca que a partir de um conjunto de ações integradas junto às famílias, hoje já é possível ver mudança nos hábitos de muitos agricultores/as de Juazeiro, que estão em meio a uma convenção do uso de agrotóxico nos seus plantios. “A gente percebe caso de transição agroecológica...um grande avanço”, ressalta Josemário. A expectativa é que com estas ações integradas seja possível um dia “ver todas as famílias inseridas num sistema agroecológico”, conclui.

Comunidade e Universidade em diálogo

Participaram deste encontro, além dos colaboradores/as do Irpaa, professores/as e estagiárias da Univasf para conhecerem as experiências desenvolvidas no campo e na cidade. Para o professor e coordenador do Núcleo de Estudo Sertão Agroecológico, Helder Ribeiro, a partir do que ele pode conhecer nesta dia, só reafirmou a necessidade de organizar, sistematizar essas experências, assim como a necessidade de interação entre o saber acadêmico e o popular. “Esta interação a partir da realidade faz com que a gente reconheça o conhecimento dos agricultores, o domínio que eles tem sob alguns recursos... nós constatamos aqui que as pessoas conseguem garantir seu alimento e gerar renda, na realidade da Caatinga”, pontua.

O professor acredita que é necessário existir um diálogo entre a Universidade e a comunidade para solucionar questões em alcançe da agroecologia, “o papel da Univasf, principalmente para este público, numa perspectiva agroecológica, é buscar na realidade conhecimento, trazer questões que aquela realidade ou aquele conhecimento não está dando conta, mas dialogar e bucar dar responstas”, defende.

No segundo dia do Encontro, a equipe de Ater foi conhecer a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, posteriomente, avaliar as ações realizadas até agora, bem como revisar o planejamento e preparação para a finalisação desta 1ª fase de Ater, que culmina em 2015. As ações de Ater para a Convivência com o Semiárido integram o Plano Brasil sem Miséria, do Governo Federal, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), realizadas nos dez municípios do Território Sertão do São Francisco pelo Irpaa.

Texto e foto: Comunicação Irpaa