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Escola de Formação contribui para a atuação de técnicos e técnicas junto às comunidades acompanhadas pelo Irpaa

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Este ano a Escola de Formação para a Convivência com o Semiárido tem como público as/os novos/as colaboradores e colaboradoras do Irpaa, que participam entre os dias 3 a 9 desse mês do curso no Centro de Formação Dom José Rodrigues. Aproximadamente 40 colaboradores/as dos municípios de Curaçá, Remanso, Sento-Sé, Pilão Arcado, estão participando, incluindo técnicas/os em agropecuária, engenheiras/os agrônomos e assistentes sociais.

Momentos como esses de formação continuada fazem parte das atividades exercidas pelo Irpaa, desde sua fundação em 1990, visando discutir e compreender as formas apropriadas para conviver no Semiárido, a partir da produção agropecuária familiar apropriada. Os cursos são espaços para compreender melhor o Semiárido no seu processo natural climático, histórico e político. De acordo com José Moacir dos Santos, colaborador do Instituto, essa prática “é fundamental, eu acho que é o básico que mantêm o Irpaa sendo a entidade que é, porque se não tem essa formação continuada o agente do Irpaa vira só um técnico cheio de tecnologias, uma tecnologia sem um contexto”, expõe.

Moacir ainda complementa falando que a ideia é que depois desses momentos de estudos, as/os técnicos/as retornem para o campo com as tecnologias recheadas de informação que possibilite despertar nas famílias a compreensão de que o Semiárido é lugar viável para morar, respeitando suas peculiaridades, e que o problema da pobreza na região não é climático, mas político social. Para isso, são trabalhados os conteúdos como educação contextualizada, os criatórios e manejo apropriado para a região, o acesso a terra, á comunicação para Convivência com o Semiárido, entre outras temáticas ligadas aos eixos de atuação do Irpaa.

Na formação, também são realizadas atividades práticas, sessões de vídeos que permitam o debate de Convivência com o Semiárido, produção de materiais, trabalho em grupo, com base na metodologia participativa. “Trabalhamos no formato de educação não formal, formato de educação popular, utilizando método Paulo Freire, onde você faz na prática, discute na teoria”, pontua Moacir.

Para o técnico Jailekson dos Santos, esse momento de formação é muito importante para sua formação enquanto profissional técnico, pessoa e militante. “Hoje eu não discuto a questão social por si só , eu discuto a construção de um projeto de Convivência com Semiárido, que é uma coisa maior”, afirma. Segundo Jailekson, as formações são como laboratórios que permitem a troca com as/os outros participantes, além de ter a assessoria e as novas metodologias, contribuindo para levar as informações a comunidade com propriedade na temática a ser abordada.


Texto e Foto: Comunicação IRPAA
 


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