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Comunidades da área de sequeiro aproveitam período chuvoso para plantar forragens

Comunidades da área de sequeiro aproveitam período chuvoso para plantar forragens

A possibilidade de fazer experimentos na intenção de melhorar os plantios e a criação de animais é uma das coisas que tem animado as/os agricultores/as acompanhados/as pelo Projeto Semiárido Produtivo, executado pelo Irpaa nos estados da Bahia, Piauí, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

O Projeto, que é fruto de contrato do Irpaa com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, tem como uma das metas a realização de visitas técnicas nas propriedades contempladas. De acordo com o colaborador do Irpaa, Jeferson Marques, esses momentos são uma oportunidade de conhecer o sistema de produção das famílias e como cada uma “tem um jeito diferenciado de cultivar, um jeito de criar, tendo em vista as adversidades que existem”. O agrônomo destaca que, apesar do clima semiárido predominar na região, existem vários microclimas nesses estados e até mesmo variações entre um município e outro, como é comum na Bahia, por exemplo.

No município de Casa Nova, no norte baiano, o volume de chuvas que tem caído está motivando as famílias a prepararem a terra para cultivar algumas plantas para alimentação humana e animal. Além do feijão, milho, macaxeira, melancia, abóbora, entre outras comuns de serem plantadas na área de sequeiro neste período, a pornunça é uma nova aposta que está sendo feita pela família de Solange Elias e José Vicente.

A intenção é produzir espécies adaptadas à região, as quais possam servir como suplemento alimentar para o rebanho durante o período da estiagem. O agricultor José Vicente conta que “está fazendo um experimento pra ver se dá certo”, e assim minimizar custos com ração durante a seca. A família já cultiva mandacaru, capim de corte, palma, cana, leucena e também faz uso de plantas existentes na Caatinga como favela e lã de seda. A pornunça se soma a esse banco de forragens e também será consorciada com sorgo, importante suplemento alimentar para os animais, que pode ser ingerido fresco ou em forma de silo ou feno.

“Pra gente ainda é novo, a ideia é nova, a gente viu numa comunidade aqui próxima, já tem um pessoal que cultiva a pornunça. (…). Vamos tentar aqui, se conseguir beleza pra gente, outros podem se inspirar na gente. Se não der certo pelo menos tentamos, o novo é bom sempre tentar, né?”, relata Solange Elias.

A agricultora e criadora é membro da Associação de mulheres criadoras de caprinos e ovinos e já anseia pela construção da Casa de Ração em Tanque Novo, uma possibilidade que surgiu a partir do Projeto Semiárido Produtivo. Durante as atividades coletivas realizadas pelo projeto em 2018, como oficinas e encontros municipais, surgiu a proposta de construir a Casa de Ração, o que vai beneficiar cerca de 50 famílias. Para Solange, este empreendimento será muito bem vindo, uma vez que irá potencializar a atividade que já é desenvolvida pelas famílias.

O fortalecimento da caprinovinocultura a partir da proposta de Convivência com o Semiárido, leva em conta as práticas já desenvolvidas nas comunidades e que podem ser potencializadas. Na propriedade de Solange Elias e José Vicente, e área a ser cultivada está sendo arada de forma rústica, usando equipamento com tração animal e assim provocando menos impactos ao solo, além de manter viva uma prática agrícola tradicional típica da produção de base familiar.

Essas práticas culturais existentes em cada comunidade possibilita a realização de um trabalho de assessoria técnica que não desconsidera o conhecimento das famílias, ao contrário, leva em conta as características regionais e apenas contribui apresentando algumas melhorias, o que se constitui como fundamentos do trabalho desenvolvido pelo Irpaa ao longo de 29 anos.

Texto: Comunicação Irpaa
Colaboração e Fotos: Eixo Produção

 

 

 


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