IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada

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05.02.2019

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Grupo Sabor do Salitre discute sobre rótulos e comercialização em Roda de Aprendizagem

A rotulagem dos alimentos é obrigatória no Brasil desde 2001 e regulamentado por leis do Ministério da Agricultura, Anvisa entre outros órgãos. Para discutir sobre essa temática e sua contribuição no acesso ao mercado, um dos grupos de agricultoras do Território Rural Arco-Íris do Sertão, que participa do Pró-Semiárido, esteve na manhã de hoje (05), reunido na sede da Associação de Baraúna, no Salitre, compartilhando informações em mais uma Roda de Aprendizagem.

Através de bate-papo, trabalho em grupo e perguntas norteadoras feitas por colaboradoras do Irpaa, as mulheres do grupo “Sabor do Salitre”, que beneficia o tamarino, trocaram experiências sobre as estratégias para acessar o mercado e comercialização e desenvolver novos produtos oriundos do beneficiamento do tamarino. Hoje, o grupo que nasceu no ano de 2015, produz doce, geleia, bala de tamarino e gengibre e sonha em experimentar outros produtos, a exemplo de bala de tamarino com goiaba, com pimenta.

Durante as falas das mulheres, ficou evidente que com a conquista do rótulo e da marca “Sabor do Salitre” o grupo conseguiu ter um maior reconhecimento e alcançar novos espaços de comercialização. A agricultora Sônia Ribeiro, integrante do grupo de mulheres, relembra que o rótulo foi fruto de muito diálogo e que contou com contribuição do projeto Ecoforte, executado pelo Irpaa. “O rótulo saiu do jeito que a gente queria e isso levantou muito nosso produto. Hoje, quando a gente vai em algum lugar as pessoas dizem que já ouviu falar do doce Sabor do Salitre… e com o rótulo já vendemos em feiras, na Central da Caatinga”, enfatiza Sônia.

Além de atrair a atenção dos/das consumidores/as ao agregar valor ao produto, o rótulo tem o papel de comunicar ao público suas características e informações nutricionais. A facilitadora da roda, Adriana Nascimento, técnica do Irpaa, ressalta que “a embalagem contribui na manutenção da qualidade do produto, quando você tem uma embalagem adequada para determinado produto que você está comercializando, você consegue manter maior tempo de prateleira”, argumenta Adriana.

Para Lucilene Alves de Jesus, esse espaço de troca de conhecimento proporcionado pelas rodas de aprendizagens mantém o grupo animado, além de contribuir na construção de ideias e estratégias para amenizar ou solucionar as dificuldades encontradas no trabalho desenvolvido pelo grupo. A roda de aprendizagem “tá sendo um incentivo grande pra gente criar mais força pra fazer e chegar mais na frente … meu sonho é que amanhã o grupo tenha a fábrica dele, as entregas grandes, que não seja preciso a gente sair daqui de dentro para dá um diária fora”, explica Lucilene.

Ao final, o grupo apresentou a necessidade de receber uma oficina de como elaborar preço de venda de produtos. Essa formação já está prevista nas atividades que integra as metas do Pró-Semiárido, que é um projeto do Governo do Estado da Bahia, executado através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Os recursos são oriundos de Acordo de Empréstimo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e o Irpaa é a instituição que executa o Projeto no Território de Identidade Sertão do São Francisco.

Roda de Aprendizagem

A Roda de Aprendizagem é uma metodologia que foi idealizada pelo Núcleo de Estudos em Agroecologia e Convivência com o Semiárido, formado pelas instituições que executam o Pró-Semiárido, com o objetivo de intensificar e fortalecer as discussões acerca de temáticas relacionadas aos Grupos de Interesses (GI’s), com foco no conhecimento e vivência dos agricultores e agricultoras.

Texto e foto: Comunicação Irpaa