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Intercâmbio mostra, na prática, como acontece a Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido

Intercâmbio mostra, na prática, como acontece  a Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido

Compartilhar saberes e planejar ações práticas: esses foram alguns dos objetivos do Intercâmbio intermunicipal com gestores/as e educadores/as sobre a educação contextualizada para a Convivência com o Semiárido e sustentabilidade, realizado nos dias 25 e 26 de março, em Riachão do Jacuípe-BA.

A programação contou com diálogos, debates, visitas, contação de história e planejamento de ações. Durante a vivência, foi possível conhecer escolas multisseriadas nas comunidades Serrada e Baixa Nova, no município de Riachão do Jacuípe, que utilizam a metodologia Conhecer, Analisar e Transformar (CAT), possibilitando uma aprendizagem significativa para os/as estudantes.

Uma das visitas aconteceu na Escola Municipal João Araújo Lima, na comunidade Serrada, onde a professora Maricelma Carneiro compartilhou um pouco da metodologia CAT utilizada com a turma multisseriada e como as famílias e comunidades são parte fundamental do processo de ensino-aprendizagem. “O CAT é um projeto de educação contextualizada, que valoriza o meio que a criança está inserida. Trabalha a educação contextualizada, buscando as famílias, trazendo elas para a escola, transformando a realidade, valorizando a sua comunidade, a sua cultura, o seu local e o seu sentimento de estar numa escola para aprender. Não aprender de forma mecânica, e sim aprender a partir do conhecimento que eles têm, a partir da produção que eles fazem”, destaca.

Nesse sentido, a pequena Maria Laura Pereira, 10 anos, conta: “Vindo para a minha escola a gente aprende sobre as nossas comunidades”. É perceptível o quanto uma educação voltada para a realidade das crianças faz diferença na aprendizagem, pois eles/as se reconhecem naquele conteúdo e sentem prazer em estudar e conhecer mais sobre os assuntos abordados.

Conhecer na prática como a educação contextualizada para a Convivência com o Semiárido acontece é fundamental. É o que afirma a diretora das escolas do campo do município Nova Fátima, Lilian Oliveira: “Na experiência da visita à Escola do Campo, a gente viu na prática o trabalho da professora e o comprometimento dos alunos. Foi muito lindo ver o trabalho que eles fazem com as famílias, com a agricultura familiar, o cuidado com o meio ambiente”.

A partir do intercâmbio, educadores e educadoras puderam perceber novas formas de abordagem em sala de aula para debater sobre essa educação contextualizada, baseada na realidade local. Foi muito proveitoso a gente ver o relato da professora de como traz as famílias também para esse debate de sala de aula, como que os alunos interagem com os professores e com as famílias. Foi muito rico e eu tenho certeza que cada educador e educadora que participou vai voltar para as suas comunidades, as suas escolas com mais informações para serem compartilhadas com aqueles que não puderam vir”, destaca o coordenador do Agenda 2030 no Semiárido baiano, no Irpaa, Paulo César Santos.

O intercâmbio também propôs um momento de planejamento e construção, no qual os/as educadores/as e gestores/as presentes indicaram temáticas essenciais, como: a história da comunidade e da escola; quem sou eu na escola; acesso à água e tecnologias sociais; conhecimento da Caatinga; fortalecimento da cultura local e agricultura familiar. Esses são temas que fazem parte do cotidiano dos/as estudantes e precisam ser trabalhados de forma contextualizada para gerar pertencimento e identidade.

A coordenadora do Programa de Educação do Campo Contextualizada do MOC, Vera Carneiro, reflete que conhecer essas experiências possibilita ampliar a discussão em outros espaços. “Levar a educação contextualizada onde ela ainda não existe, o que precisa ser melhorado, para que as crianças, famílias, comunidades tenham acesso a essa educação, que entendam a necessidade do recaatingamento, de cuidar do ambiente, de ter resiliência também para enfrentar essa crise ambiental que estamos vivendo”.

A experiência contou com a participação de educadores/as e gestores/as dos municípios Campo Formoso, Curaçá, Juazeiro e Sento Sé, acompanhados pelo Irpaa e Araci, Barrocas, Nova Fátima, Santa Luz e Teofilândia, acompanhadas pelo MOC.

A atividade integra as ações do projeto “Agenda 2030 no Semiárido Baiano”, uma iniciativa do MOC e do IRPAA, com o apoio da Horizont3000 - organização não-governamental austríaca de cooperação para o desenvolvimento e financiamento da Comissão Europeia, Sei So Frei Graz, DKA e Agência Austríaca de Desenvolvimento (ADA).

Texto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
Foto: Kívia Carneiro- MOC
 


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