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Projeto de Ater impulsiona o fortalecimento da segurança alimentar

Projeto de Ater impulsiona o fortalecimento da segurança alimentar

Proteger contra animais e insetos que, na maioria das vezes, são vetores de doenças, e resguardar o cultivo do impacto do excesso de sol, chuva ou vento, podendo promover maior absorção de nutrientes, deixando a produção mais saudável e resistente são algumas das vantagens dos viveiros telados. Nos municípios de Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Remanso e Pilão Arcado, 11 comunidades estão sendo beneficiadas com a construção de viveiros telados para produção de hortaliças. No total são 222 famílias beneficiadas.

A construção dos viveiros com tela sombrite visa garantir a segurança alimentar e nutricional das famílias agricultoras, ao ampliar a oferta de alimentos básicos, sobretudo, hortaliças, frutas, raízes e tubérculos. A ação é acompanhada pelo projeto Ater Agroecologia, executado pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), que tem foco na produção de alimentos sem a utilização de agrotóxicos.

O colaborador do Irpaa, Alessandro Santana, destaca que com os viveiros telados, as famílias vão melhorar a qualidade dos seus cultivos. “Na nossa condição, onde o sol é muito intenso, os viveiros com tela sombrite diminuem 50% da incidência do sol, então, isso é muito bom. A parte de canteiro dentro desse viveiro telado é para a produção de hortaliças, (...) garantia de ter uma produção saudável, com manejo e insumos agroecológicos muito eficiente e muito prático para a família utilizar”, expõe Alessandro.

A felicidade das famílias que estão desfrutando dos benefícios dos viveiros telados pode ser expressa na fala da agricultora, Selma Calixto, da comunidade fazenda Boa Esperança, em Curaçá. “Pra mim é uma realização, estou super feliz, porque a gente plantava no chão, no meio do tempo, (...) sempre tinha um bichinho que comia, uma lagarta que comia as folhas, e agora com esse canteiro, é a melhor coisa”, afirma a agricultora.

A fala da agricultora que já iniciou o cultivo de couve, coentro, cebolinha, repolho, beterraba e cenoura, mostra também, que agora, ela e os demais beneficiários não vão precisar se preocupar mais com o “ataque” de insetos e de animais como galinhas e pássaros que se alimentavam dos cultivos impedindo o seu desenvolvimento. Além de terem a certeza que os alimentos produzidos são saudáveis, limpos de veneno, como afirma a jovem, Neuma Carolaine, da comunidade Santana, em Curaçá, que sabe da importância da alimentação de qualidade para sua segurança alimentar e de toda a sua família. “Ao invés de tá comprando alimentos fora com agrotóxico essas coisas, vamos estar produzindo o nosso próprio alimento saudável”, diz Neuma.

Nesse sentido, a agricultora Maria Helena de Aquino, da comunidade Fazenda Ortiga de Cima, também em Curaçá, fala “A gente sabe que tá comendo uma coisa que não vai dá problema de intestino, de nada no organismo da pessoa. É muito bom pra gente. Se for comprar lá fora, a gente sabe que tudo tem veneno”.

É importante frisar que a construção dos viveiros é feita de forma coletiva, com o protagonismo das mulheres. Sobre esse envolvimento, o colaborador do Irpaa, Manuel Ribeiro, mais conhecido como Betinho, afirma que “É muita satisfação vê as famílias todas engajadas com perspectiva de produção de alimentos saudáveis para melhorar a segurança alimentar delas e também, além de melhorar a alimentação, vender o excedente para melhorar a renda”.

A assistente territorial da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Lorena Melo, expõe sobre a importância da agricultura familiar no contexto atual. “Em um momento tão difícil que o país atravessa, a agricultura familiar dá sua resposta para um modelo de desenvolvimento limpo e saudável, um grande apoio da biodiversidade com apoio da assistência técnica de Agroecologia para reforçar a experiência das pessoas nas comunidades [beneficiadas]”.

A ação executada pelo Irpaa é financiada pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – PDRS (Bahia Produtiva).

Texto e Foto: Eixo Educação e Comunicação
 


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