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Diagnóstico participativo sobre turismo rural de base comunitária é realizado na Comunidade Ferrete, em Curaçá

Diagnóstico participativo sobre turismo rural de base comunitária é realizado na Comunidade Ferrete, em Curaçá

Em janeiro de 2023, o Grupo Águas do Ferrete, que é protagonizado por mulheres, foi contemplado com um espaço para atender melhor quem acessa a área de balneário na comunidade, que se autorreconhece quilombola, Ferrete, em Curaçá-BA. A partir de então, o chamado Quiosque Beira Rio, que foi construído e recebe acompanhamento técnico do projeto Pró-Semiárido, do Governo da Bahia, passou a ser uma importante fonte de geração de renda na comunidade, principalmente porque envolve as famílias locais, através da aquisição de produções da agricultura familiar e de pescados.

O Grupo está participando das atividades relacionadas ao Turismo Rural de Base Comunitária (TBC), promovidas pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa); que tem esse tema como uma das frentes de experimentação e de animação das comunidades interessadas. Um dos objetivos dessa ação da Entidade é fortalecer as comunidades tradicionais, a partir da valorização e da defesa da Caatinga em pé, dos modos de vida, das tradições e do pertencimento ao lugar.

Após uma série de ações, com encontros para debater o assunto e intercâmbios, agora estão sendo realizados diagnósticos participativos com as comunidades e grupos. O primeiro momento aconteceu na comunidade Ferrete, nesta terça-feira (17). Durante a atividade houve o envolvimento dos/as participantes na construção do levantamento de informações como fragilidades e potencialidades da localidade e sobre as organizações parceiras que eles/elas podem contar.

Além dos desafios que precisam ser superados, entre os diversos aspectos apontados no diagnóstico estão as possibilidades de incremento nos atrativos turísticos. Complementando as delícias de um banho no Velho Chico e da comida típica caseira, um passeio na comunidade pode oferecer, por exemplo, experiências com artesanato em cerâmica, visitas a locais históricos e atrativos naturais como a “pedra da gia”.

O momento de interatividade entre as pessoas que participaram foi importante para evidenciar todos esses detalhes; portanto, uma oportunidade para a comunidade “se enxergar melhor”, como destaca a coordenadora do Grupo Águas do Ferrete, Adriana Lopes. “Para a gente realmente ver que a nossa comunidade tem potencial de ter um turismo de base comunitária. (...) as pessoas podem estar enxergando; estão na comunidade mas não enxergam a potencialidade que a nossa comunidade tem. Um momento desse abriu os olhos da comunidade sobre essa atividade que a gente pode estar desenvolvendo, que pode ser uma geração de renda não só para a gente do Quiosque, como de outras pessoas que fazem parte da nossa comunidade”.

Benedita Alves (Dona Bené), uma das veteranas da comunidade e integrante do Grupo, também avalia o encontro como um incentivo e reforça mais coisas que Ferrete tem de atrativo. “Gostei de todas as propostas, principalmente do pessoal da comunidade ficar engajado; pra mim, foi tudo ótimo (...) Beleza tem! Tem a ‘pedra do o’, a igreja da ilha, tem vários lugares”.

Além de integrantes do Águas do Ferrete, participaram da atividade membros/as da Associação Quilombola dos Produtores Rurais da Comunidade Ferrete; o presidente dessa entidade, Alberico Brito, esteve presente no diagnóstico e reforça a importância de iniciativas e parcerias junto à comunidade. “Acredito muito que as comunidades têm o potencial de conseguir manter as pessoas nas comunidades. Acredito nesse intercâmbio das pessoas que estão nas instituições públicas e ONGs, que visam estar buscando essas melhorias para as comunidades.Com esse investimento (formações, acompanhamento), a associação sai fortalecida e a comunidade também”.

Ainda como atividade desse encontro na comunidade Ferrete, houve o planejamento das próximas ações. Estão previstos outros momentos de formação, com a abordagem de temas como associativismo, TBC e elaboração de roteiro turístico. Os demais grupos e comunidades, de outros cinco municípios da região, que vêm participando dessas iniciativas do Irpaa, relacionadas ao TBC, também devem receber esse diagnóstico e acompanhamento.

A educadora, integrante da equipe do Irpaa, Aldenisse Souza, ressalta essa iniciativa da Instituição para potencializar as relações sociais nas comunidades, para que as ações desenvolvidas por elas façam com que as pessoas tenham “orgulho desses lugares, desses territórios, de todo o conjunto que tem na comunidade e mostrar para o mundo. Então, tanto na questão da geração de renda, como também nessa identidade e no orgulho de pertencer a esse lugar; defender e proteger de todos os males que possam estar afetando todas as vidas que existem na comunidade. A gente acredita que o Turismo Rural de Base Comunitária é também um potencial e um grande aliado na defesa da Convivência com o Semiárido, nas fortes relações da comunidade”.

Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
 


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