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Famílias agricultoras de Juazeiro recebem 50 mil mudas de palma forrageira para potencializar a criação de caprinos e ovinos

Em Juazeiro, cerca de 50 famílias agricultoras das comunidades Caiçara, Juá, Saquinho, Tanque Novo, Lagoa do Jacaré e Serra dos Badegas receberam nos dias 28 e 29 de abril 50 mil mudas de palma forrageira. Essa ação vai contribuir com a segurança alimentar e nutricional das criações de caprinos e ovinos, fortalecendo a Convivência com o Semiárido através do incentivo à formação de reserva estratégica de alimentos.

A palma é uma planta forrageira exótica, adaptada ao clima Semiárido, altamente nutritiva e pode alimentar os caprinos e ovinos nos períodos de estiagem prolongada, época mais crítica em relação à oferta de alimentos para os animais. Essa forrageira possui alta concentração de energia, boa digestibilidade, é rica em minerais, tem excelente aceitabilidade pelos animais e bom potencial de produção.

Contente com as mudas recebidas, a agricultora Ivonete Martins, da comunidade Saquinho, conta como irá utilizá-las. “Pra mim, vai servir no tempo das estiagens, porque eu vou ter alimento para os meus animais. Ela já é uma ajuda para diminuir o custo da ração que a gente compra. E até mesmo quando tiver grande a palma, serve também para fazer farelo de palma para minhas galinhas, porque eu também crio galinha. Vai me ajudar também financeiramente a diminuir os custos que eu tenho com ração”.

Diante disso, o colaborador do Irpaa, Alessandro Santana, ressalta a importância de apostar na diversidade do cultivo das plantas forrageiras, para contribuir com a criação dos animais e na renda das famílias contempladas. “Ela (palma) pode ser uma boa forma de diversificação de produção agrícola junto com outras forragens, pode então ajudar os agricultores familiares a ter um suporte, uma reserva de forragem estratégica. A gente diz que no Semiárido a gente precisa guardar, essa é palavra-chave. Então, ela precisa guardar água e guardar alimento (…) A palma ela vai contribuir para ter esse suporte para que o animal não fique só dependente da alimentação da Caatinga, que pode, com o superpastoreio, ser degradada. Então, a gente sempre incentiva que as famílias tenham um banco de forragem adaptada”.

Alessandro complementa ainda que a palma é “um alimento apropriado e isso vai resultar, para as famílias, em que elas vão ter os seus animais, principalmente caprinos e ovinos, que vão estar bem alimentados, não vai ficar com aquele efeito sanfona - engorda nas chuvas e emagrece na seca, então eles vão ter a condição de ter um animal que vai se manter bem, que, consequentemente, vai valorizar o preço desse animal quando ele for comercializar”.

A entrega das palmas forrageiras atende à demanda apresentada por essas famílias durante o acompanhamento do projeto ATER Agroecologia, executado pelo Irpaa entre 2020 e 2023. Esse Projeto foi financiado pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater).

Texto: Eixo Educação e Comunicação, com informações do Eixo Produção Apropriada
Fotos: Eixo Produção Apropriada
 

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