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"Dom André era um pastor que tinha o cheiro das ovelhas"

 

Dom André Witte foi um homem de perfil marcante e dificilmente será esquecido pelas pessoas que dividiram com ele momentos de fé, luta e aprendizados. O bispo, que também era engenheiro agrônomo, tinha uma relação especial com o ambiente rural, algo alicerçado na sua origem camponesa. “A primeira coisa que ele sempre trazia muito forte era o fato de ser de uma família de agricultores”, lembra a agente pastoral Cleusa Alves da Silva. “Depois ele dizia da sua formação como engenheiro agrônomo. Tudo isso trazia para ele esse grande amor pela terra, pelo ambiente rural”, complementa.

Cleusa relata que o bispo gostava da vivência no meio popular e que muita gente reconhecia essa característica nele. “Muita gente reforça essa ideia. Dom André era um pastor que tinha o cheiro das ovelhas [...] Ele viveu isso muito intensamente […] Dom André se alegrava e sofria com seu povo”, aponta. Segundo Cleusa, a partir da espiritualidade Dom André compreendia e intervia na realidade e incentivava as pessoas “a estar a serviço da defesa da vida, a serviço do reino de Deus”. Cleusa conta que o religioso conseguia “cultivar em nós uma fé essencialmente comunitária”.

As marcas do trabalho de Dom André partiram da espiritualidade e alcançaram o campo social. “Ele foi um apoiador incansável da luta pela terra e pela água [...] Sempre apoiou todas as ações de Convivência com o Semiárido”, explica a agente pastoral. Cleusa revela que o bispo “levou a Diocese de Ruy Barbosa a assumir e abraçar como prioridade diocesana a luta pela terra, pela água e pela cidadania”.

Na avaliação de Cláudio Dourado, integrante da Comissão Pastoral da Terra - CPT, da Diocese de Ruy Barbosa, Dom André tinha também as qualidades de saber ouvir e representar o povo. “Sabia ouvir as pessoas e levar essas demandas para a CNBB. Com isso conseguiu construir documentos importantes como ‘A igreja e a questão agrária no século XXI’. Cláudio destaca ainda que o religioso “acreditava na luta, nas pessoas, confiava nas lideranças e agia com firmeza diante das injustiças”

Para José Moacir, colaborador e sócio do Irpaa, “Dom André foi um pioneiro na construção da Convivência com o Semiárido […] Ele apoiou as primeiras discussões”. Moacir cita um movimento importante dentro da igreja católica na Diocese de Ruy Barbosa, quando o bispo estimulou a participação das paróquias e pastorais a se engajar no debate da Convivência com o Semiárido.

Moacir lembra também do período em que Dom André presidiu o Irpaa, “onde pôde contribuir, com toda sua experiência pastoral”. Segundo Moacir, o bispo de Ruy Barbosa ajudou a reconhecer o trabalho da Convivência como algo no sentido do bem viver. O integrante do Irpaa resume a importância de Dom André para esta região como “um marco e uma luz no caminho da Convivência com o Semiárido e do Irpaa”.

Texto: Eixo Educação e Comunicação
Foto: Cebs do Brasil


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