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Feiras agroecológicas no fortalecimento da segurança alimentar

Feiras agroecológicas no fortalecimento da segurança alimentar

Inibição a ocorrência da fome, acesso permanente aos alimentos e pleno consumo nutricional. Esses são alguns pontos que integram a segurança alimentar que também pode ser evidenciada pelo aumento da sustentabilidade nos processos de produção agrícola de qualidade e redução do desperdício de alimentos, características encontradas na agroecologia.

A partir desse entendimento, as feiras agroecológicas, espaços em que agricultoras e agricultores familiares comercializam produtos agroecológicos diretamente às consumidoras e consumidores, favorecem a segurança alimentar das pessoas, pois vendem alimentos saudáveis, sem veneno, ricos em nutrientes produzidos a partir de uma agricultura sustentável e preocupada com questões ambientais, sociais, econômicas e políticas. “Essa junção entre o agricultor familiar e o consumidor urbano tem gerado grande força e tem levado a gestão do município a reconhecer essas feiras como espaço estratégico para providenciar alimento de qualidade para os seus”, declara o colaborador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), Moacir Santos.

Para fortalecer as feiras agroecológicas que vem crescendo e garantir a segurança alimentar é importante que os grupos de agricultores familiares ofertem seus produtos aos municípios e sensibilizem as famílias da cidade, para que essas deem preferência aos produtos saudáveis da agricultura familiar no lugar dos alimentos industrializados.

Nessa perspectiva, o consultor em agricultura ecológica e integrante do Núcleo Executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Laercio Meirelles, ressalta a necessidade dos municípios valorizarem as feiras agroecológicas através de políticas públicas, a exemplo de espaços urbanos para exposição das feiras. “Já que é função do poder público regular o espaço público, ter uma boa praça, uma boa rua, com atividades culturais. Isso enriquece, embeleza e aumenta o “astral” da cidade, além de levar comida de qualidade para população”, expõe Laercio.

Portanto, a agricultura familiar, principalmente, com base agroecológica está interligada à segurança alimentar, pois os alimentos que dão colorido ao prato da população brasileira advêm da produção familiar e não da agricultura patronal que se concentra em gerar mais e mais dinheiro. “No caso da agricultura familiar, a diversidade que a gente conhece, o aipim que é consumido em todas as regiões do Brasil, a mandioca, a macaxeira ela é produzida pela agricultura familiar e as farinhas né? (..) Então, é a agricultura familiar que produz alimentos”, destaca Laercio Meirelles.

No município de Sento Sé, localizado no Território Sertão do São Francisco, a realização das feiras agroecológicas contribui para o escoamento da produção rural e, consequentemente, com a geração de renda das famílias agricultoras, além de fortalecer a segurança alimentar. “Hoje, o município já está reconhecendo a feira como espaço público de comercialização e se tornando o ponto de encontro tradicional entre o povo da roça e o povo da cidade. As mulheres agricultoras de Sento Sé têm conseguido construir esse exemplo de comercialização justa e solidária de produtos agroecológicos”, afirma Moacir Santos.

A agricultora Raimunda Luciana da Silva, moradora do assentamento Potiguar- Antônio Guilhermino em Sento Sé, participa da feira agroecológica realizada no município desde a primeira edição em 2019. Ela reconhece o diferencial da feira agroecológica, sua importância para a segurança alimentar e destaca o fortalecimento para as agricultoras. “Além de escoar a produção, [a feira agroecológica] me fortalece muito como mulher (...) eu posso sim estar participando como mulher. E também tem a ajuda financeira que traz para nossas famílias aqui dentro do assentamento”.

A partir das características e finalidades das feiras agroecológicas, que estão crescendo é necessário fortalecer as políticas públicas de assessoria técnica e extensão rural, de comercialização, segurança hídrica e de acesso à terra, entre outras, para atender as demandas da população acerca da segurança alimentar. Além de contribuir com as demandas dos agricultores e agricultoras que produzem de forma saudável e necessitam comercializar de forma justa seus produtos.

Texto e Foto: Eixo Educação e Comunicação
 


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