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Planejamento comunitário é realizado em comunidades rurais assessoradas por projeto agroecológico

Planejamento comunitário é realizado em comunidades rurais assessoradas por projeto agroecológico

Apresentar as sistematizações dos diagnósticos participativos realizados com as comunidades e definir atividades, ações e parcerias que precisam ser construídas para superar os desafios e fortalecer as produções agroecológicas em cada localidade são objetivos do Seminário de Planejamento Comunitário, uma das etapas realizadas pelo projeto Ater Agroecologia executado pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa). Os Seminários com duração de 16 horas foram realizados em 24 comunidades rurais assessoradas pelo projeto nos seis municípios de atuação: Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso e Uauá.

Durante a realização do Seminário, os/as participantes são divididos em grupos de interesse, por exemplo, tipos de agrossistemas, formas de comercialização, mulheres, linhas de água, produção animal, produção vegetal, dentre outros, para discutir sobre necessidades e desafios que a comunidade possui e precisam ser sanadas, pensando em grau de ações prioritárias, de curto, médio e longo prazo de execução. Após a discussão em grupos menores, é feita uma plenária ampliada, na qual são apresentados os planejamentos com nivelamento das escolhas para execução durante o projeto Ater Agroecologia. “Esse momento é um dos mais importantes que a comunidade está desenvolvendo, que é apontar as ações do projeto a fim de trazer benefícios para a comunidade, e quais os objetivos a serem alcançados”, aponta o colaborador do Irpaa, Josemário da Silva, mais conhecido como Bubu.

Na comunidade Pau Preto, em Juazeiro, a agricultora Silvana da Silva destaca a importância de discutir em grupo e colocar no planejamento as cinco linhas de luta pela água: consumo, produção, comunidade, emergência e meio ambiente, pois muitos participantes não sabem da existência das linhas de água, e precisam aprender como fazer a gestão de cada uma delas. Além disso, ressalta que uma das grandes necessidades da comunidade é a criação de um grupo de mulheres para geração de renda. “É o sonho da gente produzir o próprio sustento de nós mulheres, fazer uma renda aqui na comunidade da gente”, afirma Silvana.

Nesse sentido, a agricultora Clemilda Mata, mais conhecida como Mimida, também concorda com Silvana e reafirma a necessidade da criação do grupo de mulheres “O que eu acho mais importante para nossa comunidade é a geração do grupo de mulheres para gerar renda para a nossa comunidade, porque nós aqui na comunidade, não temos nada voltado para a mulher gerar renda. Então, muitas vão para o projeto [irrigação] trabalhar, então a gente quer algo que seja na comunidade mesmo”. Mimida também destaca a força do papel feminino na comunidade: "A presença feminina aqui predomina em todas as atividades, em todos os encontros as mulheres são mais presentes”.

Em relação à participação, a agricultora Jocelma de Jesus, da comunidade de Mimoso em Casa Nova, reconhece a importância da participação das/os assessoradas/os do projeto nas atividades realizadas. “Sem as atividades não tem como a gente aprender. A gente está discutindo junto com os colegas, todo mundo junto aprende mais. Devemos todos participar desses momentos”, destaca Jocelma.

O colaborador do Irpaa, Alessandro Santana, frisa a necessidade deste momento de planejamento comunitário com a participação das famílias assessoradas da Ater Agroecologia para o bom andamento das ações executadas pelo projeto. “É uma construção a partir da escuta da comunidade, porque a gente acredita que uma Ater para ter um resultado, um êxito parte desse processo de escuta, para então, a gente entender, compreender e agir. E isso foi construído, e nós acreditamos e apostamos no bom resultado, porque parte dessa construção veio da própria comunidade”. Assim, cada uma das 24 comunidades assessoradas receberão ações e atividades de acordo com as suas necessidades.

A comunidade de Mimoso também apontou suas necessidades em relação à comercialização, produção vegetal e produção animal. A agricultora Judite Souza afirma que aprender mais sobre comercialização vai melhorar o valor dos produtos vendidos e aumentar a participação da comunidade nas feiras livres e agroecológicas e na produção vegetal vão aprender a evitar doenças nas hortas, por exemplo. Já a agricultora Jocelma destaca a importância de obter mais conhecimentos sobre a produção animal. “Vai ajudar a gente a entender como resolver a situação da doença dos animais, porque às vezes a gente fica sem saber o que fazer. E a gente quer aprender como facilitar mais nossa vida”, explica Jocelma.

O projeto Ater Agroecologia, financiado pelo Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) iniciou em setembro de 2020 e segue até setembro de 2023.

Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação
 


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