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Quase 500 famílias agricultoras de seis municípios do Sertão do São Francisco serão assessoradas através da política pública ATER Bahia Sem Fome

Quase 500 famílias agricultoras de seis municípios do Sertão do São Francisco serão assessoradas através da política pública ATER Bahia Sem Fome

o objetivo é garantir a segurança alimentar e nutricional

O Brasil havia saído em 2014 do Mapa da Fome, da Organização das Nações Unidas (ONU), que indica os países em que mais de 2,5% da população sofre de subalimentação; e sustentava a posição até 2018. No entanto, em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, o país retornou ao Mapa da Fome, com o crescimento da pobreza e da insegurança alimentar e nutricional.

Diante desse cenário, no atual governo Lula, estão sendo planejadas e executadas diversas estratégias de segurança alimentar e nutricional; assim o Brasil caminha para sair do Mapa da Fome, possivelmente, em 2026, de acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias.

No Estado da Bahia também estão sendo desenvolvidas algumas ações para alcançar esse objetivo, a exemplo do projeto “Assessoria Técnica e Extensão Rural (ATER) Bahia Sem Fome”, do Governo da Bahia, que visa assegurar às pessoas em situação de vulnerabilidade social, o acesso a alimentos de qualidade e quantidade necessárias à garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável, promovendo a segurança alimentar e nutricional.

Sendo assim, a proposta desse Projeto dialoga com a Convivência com o Semiárido, defendida pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), que sempre pautou a garantia de alimentos para as pessoas dessa região, principalmente do campo.

“Este projeto vem dialogar com outras ações que o Irpaa já desenvolve, no sentido de identificar as pessoas mais vulneráveis. É uma oportunidade que a gente tem de ir até os mais empobrecidos do Semiárido e passar quatro anos com eles, dialogando o que para essa população é a Convivência com os Semiárido e, a partir daí, a gente melhorar ainda mais a nossa forma de atuação para continuar alcançando essas pessoas que, muitas vezes, ficam além da capacidade que a gente tem de acompanhar”, ressalta o presidente do Irpaa, José Moacir dos Santos.

A partir da Ater Bahia Sem Fome, o Irpaa vai assessorar 490 famílias em seis municípios do Território Sertão do São Francisco: Campo Alegre de Lourdes, Canudos, Curaçá, Pilão Arcado, Remanso e Sento Sé. Municípios selecionados devido ao baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), portanto, com muitas pessoas em situação de insegurança social e alimentar.

Para compreender como o Irpaa se organiza, entender detalhes das ações do projeto e de que forma ele se alinha à missão institucional; conhecer as ferramentas operacionais; dialogar com os municípios que serão assessorados pela iniciativa; e fortalecer o diálogo com o governo da Bahia, foi realizada a I Formação do Projeto ATER Bahia Sem Fome. A atividade teve início na terça-feira (17) e seguiu até hoje (20), no Centro de Formação Dom José Rodrigues, a roça do Irpaa, em Juazeiro. Além da equipe da Entidade que vai atuar diretamente nas ações, participaram do momento o fiscal da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), representantes dos municípios e do governo estadual.

O coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, frisou que “É impossível sair do Mapa da Fome só com ações assistenciais. O alimento pronto, a cesta básica, nós precisamos ter portas de saída que permitam o trabalho, a geração de emprego, a geração de renda. A Ater, enquanto política pública, é indutora, porque ela articula processos, articula e implementa políticas públicas. A Ater, essencialmente, vai assegurar a essas famílias em situação de vulnerabilidade o acesso ao conhecimento”. Tiago ressaltou ainda os desafios da região, como o minifúndio (que são faixas de terras concentradas na propriedade de uma única pessoa, por exemplo) e o analfabetismo; ele também destacou a importância de um trabalho contínuo e integrado.

A colaboradora do Irpaa e técnica de Ater, Maria de Fátima de Souza, que vai assessorar famílias no município de Campo Alegre de Lourdes, destaca a relevância do projeto para contribuir no acesso à alimentação de agricultores/as que estão em situação de vulnerabilidade social. “O projeto vem para incentivar, animar, oportunizar as famílias a produzirem alimentos; e que essa produção de alimentos seja para o autoconsumo dessas próprias famílias. Consequentemente, a gente quer com isso que a família alcance a segurança alimentar e nutricional”, diz Maria.

A partir da próxima semana serão realizadas reuniões com representantes da sociedade civil, lideranças comunitárias e o poder público, nos 6 municípios de atuação do Ater Bahia Sem Fome com objetivo de articular parcerias para melhor execução do projeto. “Vai ser muito importante a Prefeitura, o Conselho de Desenvolvimento Social, o Consea, entidades do poder público e privado, dos municípios estarem presentes para que a gente consiga firmar essas parcerias para mudar a situação de vida dessas famílias. A gente sabe que só com a ação de Ater não vai conseguir, então é necessário que muitos outros instrumentos estejam juntos”, explica o colaborador do Irpaa e coordenador do Projeto, André Luiz Pereira.

Nesse sentido, Maria de Fátima reforça: “Vamos procurar manter parcerias com organizações da sociedade civil, com o poder público, para a gente potencializar ainda mais essa assessoria para essas famílias, para que elas possam sair dessa situação de vulnerabilidade, que possam estar acessando o que é de direito delas, através de políticas públicas”.

O projeto ATER Bahia Sem Fome, que tem duração de 48 meses, é financiado pelo Governo do Estado da Bahia, através da Bahiater e do Programa Bahia Sem Fome, vinculado à Casa Civil da Bahia.

Texto: Lorena Simas
Edição: Vagner Gonçalves
Eixo Educação e Comunicação
Fotos: Irpaa / Ascom do Programa Bahia Sem Fome
 


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