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Comunidades rurais realizam a I Feira da Agricultura Familiar de Casa Nova

Comunidades rurais realizam a I Feira da Agricultura Familiar de Casa Nova

O Dia Mundial da Mulher agora está marcado como uma data que também reflete uma grande conquista para comunidades rurais de Casa Nova-BA: a realização da I Feira da Agricultura Familiar do município. O evento, realizado na cidade, atraiu a atenção do povo que ali mora para os produtos advindos da zona rural, a maioria produzidos e comercializados por mulheres, em especial os produtos beneficiados.

Doces, bolos, petas, queijo, requeijão e hortaliças foram alguns dos produtos que deram cor, cheiro e muito sabor à I Feira da Agricultura Familiar de Casa Nova. Fruto da organização de vários grupos produtivos, somada ao projeto pesquisa Sustentabilidade Alimentar, desenvolvido na Europa, África e América do Sul. Valdenisa Oliveira, que esteve no evento como uma das representantes da comunidade Salina da Brinca, conta que “algumas associações já se articulavam, se reuniam para discutir os editais [PAA e PNAE] que estavam disponíveis”.

Foi assim, segundo ela, que surgiu a ideia criar a Serforte – Cooperativa Sertão Forte, que hoje se encontra em processo de registro, mas há muitos anos leva comida de qualidade ao povo de Casa Nova, seja através da venda direta ao público, ou através do mercado institucional, via Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE e Programa de Aquisição de Alimentos – PAA. “É toda aquela questão de a gente valorizar o que é nosso, o fruto da nossa terra. Por isso a gente criou esse nome Serforte”, revela Valdenisa.

O estudante de 17 anos, Luiz Gustavo Ribeiro, que estuda no Curso de Agropecuária do Centro Educacional Antônio Nonato, diz ter gostado da feira. Ele conta que a feira serviu para “complementar o conteúdo visto na escola”. O jovem participou da palestra sobre manejo animal e achou interessante a ideia de trabalhar a prevenção das doenças para evitar transtornos e gastos desnecessários. “Acho melhor prevenir do que dá medicamentos depois... Inclusive eu vou querer pegar depois em pdf [a receita] o chá da caatingueira”, revelou o Luiz. Além do manejo animal, a segurança alimentar e a organização de mulheres em rede também foram pauta das palestras.

Pesquisa em nível internacional

O Projeto Sustentabilidade Alimentar – que desde 2015 realiza ações em diversos países, dentre estes Suíça, Bolívia, Quênia e Brasil – se propôs a fazer a avaliação da sustentabilidade do sistema alimentar da agricultura familiar em comunidades de Fundo de Pasto de Casa Nova.

Adriana Bessa, uma das pesquisadoras do grupo, diz que ao longo de 5 meses o projeto realizou ações de pesquisa voltadas para a avaliação dos seguintes temas: segurança alimentar; direito à alimentação; redução da pobreza e da desigualdade; desempenho ambiental; e resiliência socioambiental do sistema alimentar. “Verificamos que um dos pontos mais frágeis desse sistema alimentar era a resiliência socioambiental e nós propusemos algumas medidas para fortalecer esse sistema com base nesse fator”, relata Adriana.

De acordo com a pesquisadora “as medidas foram decididas junto com as comunidades... Propusemos algumas medidas e elas escolheram e especificaram exatamente quais as atividades que gostariam de desenvolver para melhorar a resiliência socioambiental”. A partir das escolhas da comunidade foi realizado um curso de oito módulos que tratou de diversos temas que vão desde a legislação sanitária ao uso da fotografia como valorização do ambiente onde se vive.

Segundo Valdenisa Oliveira, as comunidades participaram ativamente de todas as etapas do projeto, tendo papel decisivo até na composição da logomarca. A marca “foi criada em uma das formações onde tivemos a oportunidade de colocar as nossas ideias, daí a gente criou o nome Serforte e o desenho”.

A última etapa do projeto foi a realização da feira, organizada pelas comunidades e o Projeto Sustentabilidade Alimentar, com o apoio dos poderes públicos municipal e estadual e entidades de assessoria como Irpaa e Sajuc. Segundo Adriana Bessa a feira serviu “para que os consumidores locais tenham acesso, saibam, conheçam os produtos”, conclui.

Texto e foto: Comunicação Irpaa


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