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Acesso a políticas públicas fortalece Rede Mulher no município de Sento Sé

Acesso a políticas públicas fortalece Rede Mulher no município de Sento Sé

As mulheres rurais do Semiárido têm protagonizado um crescente processo de auto-organização e trabalho em rede, acesso às políticas públicas e atividades que geram renda para as famílias, a exemplo da produção de alimentos e organização de feiras agroecológicas.

Em Sento Sé, interior da Bahia, a Rede Mulher organizou, em julho de 2019, a I Feira Agroecológica da Mulher de Sento Sé, que evidenciou a produção feminina, o empoderamento das mulheres e a cultura do município. Pensado para ser pontual, o evento conquistou a população local e após a primeira edição passou a ser realizada a cada 15 dias.

A produção que tanto agradou a clientela e possibilitou a ampliação da feira é fruto do acesso das agricultoras às políticas públicas. “A ideia era uma única feira a partir da Rede Mulher Territorial, mas com a chegada do Pró-Semiárido e do Ecoforte a gente começou fazendo a feira quinzenal, mas agora a gente tá colocando a feira semanalmente, toda a sexta-feira, no intuito de oferecer para a população alimentos saudáveis, limpos, sem veneno”, explica Jaciara Ladislau, coordenadora territorial da Rede Mulher.

A feira agroecológica reúne alimentos gerados por famílias de aproximadamente 12 comunidades rurais, em sua maioria produzidos por mulheres, que toda sexta-feira levam cores e sabores especiais para a Praça da Saúde (Academia do Idoso), reafirmando o potencial das feiras agroecológicas na luta pela segurança alimentar e autonomia financeira das agricultoras. “A Feira é importante demais, tanto para minha comunidade como pra mim que participo da feira, da Rede, do movimento [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST]. Os produtos eu trago todos da minha comunidade”, declara a agricultora Luciana Silva, moradora do Assentamento da Reforma Agrária Antônio Guilhermino, que além de comercializar os alimentos produzidos por sua família, vende os produtos de outras agricultoras e agricultores da comunidade, fortalecendo ainda mais o trabalho em rede.

A diversidade e o valor justo dos produtos comercializados na única feira livre do município, são alguns dos atrativos que conquistaram a moradora Maria de Fátima Carvalho. “Desde que essa feira surgiu, para nós tem sido uma benção. Eu venho todas as sextas-feiras, os produtos são bons. E o mais importante: são sem agrotóxicos, sem veneno (…) o preço é bem acessível, dá pra você comprar muitas coisas e sair com sua semana garantida de frutas e legumes sem agrotóxico”, declara a cliente.

Acesso a políticas públicas

A feira nasce do desejo e empenho da Rede Mulher e ganha força a partir de diversas parceiras, um desses parceiros é o Irpaa através do Pró-Semiárido – projeto do Governo da Bahia, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), mediante acordo de empréstimo entre o Governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). Outro incentivo significativo foi o EcoForte - Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica, realizado pelo Irpaa em Convênio com a Fundação Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Central da Caatinga.

Segundo Gizeli Maria Oliveira, coordenadora do Projeto EcoForte, a criação da feira fortaleceu o trabalho desenvolvido junto às beneficiárias. “As mulheres que estão envolvidas no processo da feira participam do Projeto EcoForte desde a sua primeira etapa (…) tanto na parte de formação sobre beneficiamento, produção e comercialização, como também todos os empreendimentos receberam equipamentos para melhorar sua infraestrutura”, declara Oliveira. Gizeli acredita que a experiência da Rede Mulher com a construção da feira pode contribuir para provocar mudanças nas relações de gênero, dando visibilidade ao trabalho desenvolvido pelas mulheres, fator fundamental para o sucesso da agricultura familiar.

Texto e Foto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa
 


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