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Chuvas de dezembro garantem água armazenadas em cisternas para a produção de alimentos

Chuvas de dezembro garantem água armazenadas em cisternas para a produção de alimentos

Agricultores e agricultoras familiares comemoram as chuvas caídas em dezembro na Região e iniciam a produção de alimentos para consumo da família. No município de Casa Nova, no sítio Alagoinha, a famílias de D. Elenita da Costa Santos, 57 anos e a família de Luzia de Castro Santos já estão com água armazenada nas cisternas calçadão com capacidade máxima de 52 mil litros de água e estão mais esperançosa para passar pelo período de longa estiagem com água doce na sua propriedade.


A cisterna calçadão de D. Elenita quase encheu com as chuvas e ela aproveitou a água disponível para iniciar o plantio de hortaliças, começando pelo coentro. Na propriedade também foi semeado o sorgo, o milho e ela aguarda as próximas chuvas para o plantio da mandioca. A perspectiva da agricultora é produzir uma diversidade de hortaliças e verduras para o próprio consumo da família, já que antes esta variedade de alimento não era cultivada pela família. “comecei agora depois que choveu, aí criou água na cisterna e eu plantei...sem água ninguém arranja nada”, afirmou.

Dona Luzia se sente mais animada com mais uma tecnologia na sua área, já que pode depois da chuva usar a água, livre da ação do vento e do sol, que está armazenada no quintal da sua casa. Ela explicou também que agora depois da chuva foi diferente viver com água doce no próprio quintal, “antes era pouca água para tudo...depois da cisterna calçadão melhorou muito, agora já tenho água para colocar para as galinhas, para lavar roupa, para colocar para os bichos”, contou.


Ampliação da perspectiva de produção

As duas também fazem parte de um grupo de 72 famílias que participaram do projeto de galinhas desenvolvido pelo Irpaa, por meio do Eixo Produção. Esta foi mais uma ação somada a conquista da família, a aquisição de um galinheiro e 50 galinhas por este projeto. D. Elenita disse que já senti as mudanças que estas ações tem provocado na vida da sua família. “Já tenho essa cisterna aí, esse galinheiro com estes pintos e vamos pelejar para nós irmos para frente e aumentar mais...” informou D. Elenita. Atualmente, com o trabalho conjunto com o seu esposo e dois filhos, que moram com ela, tem desenvolvido a criação de galinhas. A princípio a ideia da família é produzir ovos para o consumo da própria família e depois aprimorar a atividade para a comercialização.

Já para D. Luzia, a expectativa é produzir ovos para a comercialização e gerar mais renda para a família. Dos 50 animais que recebeu, dois morreram os outros estão se criando na propriedade da família a partir da ração que recebeu do projeto. “Pra mim foi muito bom o galinheiro, antes a gente não podia criar galinha aqui porque os bichos comia, era gavião, raposa, gato... não tinha o prazer de criar”.A agricultora está animada com esta possibilidade de produção na propriedade, “estou achando que vai melhorar muito quando as galinhas começarem a postura para vender os ovos delas, vai dá para comprar alguma coisa”, explicou.

No projeto, além da construção do galinheiro e a doação das galinhas, as famílias também receberam a ração. Mas para D. Elenita, além de alimentar as galinhas com a ração, também solta as galinhas no quintal de casa para se alimentarem das plantas que nasceram após a chuva e já tem planos para o futuro. Pensando nos períodos de longa estiagem, a família adquiriu no ano passado uma máquina forrageira para produzir a alimentação dos animais a partir das plantas forrageiras disponíveis na Caatinga. Atualmente, além das galinhas, o casal possui uma pequena criação de caprinos e ovinos que são criados soltos, no Fundo de Pasto. D. Elenita, disse que seu esposo vai aproveitar a disponibilidade das plantas, neste período verde, para guardar alimentos para os tempos de seca.

As cisternas de produção foram construídas pelo Sasop como uma das ações do Programa Uma Terra e Duas águas – P1+2, da Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA. O projeto de Galinhas é desenvolvido pelo Irpaa em sete municípios e tem o objetivo de incentivar e garantir instrumentos para às famílias do semiárido para a ampliação da produção de alimentos, em busca da geração de renda e melhoria da qualidade de vida destas famílias no campo.

Texto e Foto: Comunicação Irpaa


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