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Recaatingamento será expandido para novos Territórios de Identidade na Bahia

Recaatingamento será expandido para novos Territórios de Identidade na Bahia

No ano de 2019, o Projeto Recaatingamento completa 10 anos de execução em Comunidades Tradicionais de Fundo de Pasto do Território Sertão São Francisco. Ao longo desses anos, o projeto vem sendo avaliado positivamente pelas comunidades e entidades parceiras, chegando a receber o prêmio “BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais”.

Agora o Recaatingamento conquistou novos horizontes. O projeto será ampliando para os Territórios de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru e Piemonte da Diamantina, através do convênio assinado entre o Irpaa e o Governo do Estado da Bahia. Nos três Territórios, o Recaatingamento será executado em 12 municípios, que são contemplados pelo Pró-Semiárido, beneficiando 20 comunidades tradicionais de Fundo de Pasto. A perspectiva é que as atividades do projeto iniciem no mês de abril e seja executado no período de 24 meses.

De acordo com Clérison Belém, colaborador do Irpaa que acompanha o projeto Pró-Semiárido, diante das mudanças climáticas é necessário aumentar e intensificar as ações de preservação e recuperação do Bioma Caatinga. Ele acredita que os resultados positivos demostram que o “Recaatingamento é uma estratégia importantíssima nas comunidades, que vem a fortalecer e mostrar aos órgãos ambientais que se conserva com o povo dentro, essa ideia de criação de Parques retirando o povo não é a melhor forma de conservar a vegetação nativa”, defende.

O convênio com o governo do estado, além de promover a preservação e conservação da Caatinga e trabalhar a educação ambiental contextualizada – ações que já são desenvolvidas em onze comunidades do Território Sertão São Francisco – irá desenvolver ações de caráter produtivo e implementações de tecnologias hidroambientais. Clérison explica que além do cercamento da área estão previstas também ações produtivas: “cada área vai ter um barreiro-trincheira e a implementação do SAF [Sistema Agroflorestal], com mistura de fruteiras e plantas nativas da Caatinga, para ir recompondo a área”, declara Clérison Belém. Ele ainda complementa que também será instalado meliponários dentro da área isolada, com o intuito de contribuir na polinização das plantas.

Para trabalhar a conservação da sociobiodiversidade do Bioma Caatinga e da fauna local será discutido o manejo animal e a produção sustentável, através do extrativismo das áreas de Fundo de Pasto, entre outros assuntos que dialogue com a preservação e conservação da Caatinga.

Comunidades do Recaatingamento

A partir do Núcleo de Estudo em Agroecologia, as entidades executoras do projeto Pró- Semiárido e a equipe da CAR fizeram um levantamento de algumas comunidades que tem o perfil para receber o projeto. Com essas comunidades pré-selecionadas, a equipe do Irpaa irá junto com as entidades locais nas comunidades para realizar o processo de sensibilização e apresentação do projeto. “O pré-requisito é ser comunidade de Fundo de Pasto, a comunidade ter interesse, ter uma associação comunitária, ser assessorada pelo projeto Pró-Semiárido e ter interesse e aptidão para atividades produtivas”, explica Belém.

Para o técnico da CAR, Sérgio Amin, algumas práticas agrícolas inapropriadas contribuíram para a desertificação do bioma Caatinga. “Hoje a gente tem áreas avançadas em estado de desertificação, por conta de práticas não adequadas a esse bioma (…) Então, eu acredito que essa proposta vai atuar tanto na recuperação de áreas e na conservação de muitas outras, de áreas maiores”, argumenta Amin. Além disso, ele destaca que o Recaatingamento vai cooperar na recuperação da Caatinga ao mesmo tempo que promove geração de renda de forma sustentável as famílias.

Clérison acredita que essa expansão do Recaatingamento pode contribuir para que o governo do Estado fortaleça essas ações em outras localidades e que novas entidades também defendam a proposta do Recaatingamento. “É uma semente plantada que pode dar bons frutos”, declara Clérison.

Texto e foto: Comunicação Irpaa
 


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