IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada

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14.08.2014

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Cerimônia de abertura do 9º Simpósio Brasileiro de Captação de Água de chuva destaca a Segurança Hídrica para o século XXI

Na noite desta terça-feira (12), no auditório da central, da Universidade Estadual de Feira de Santana, cerimônia abriu oficialmente o 9º Simpósio Brasileiro de Captação de Água de Chuva. A mesa de abertura foi composta pelos representantes da Associação internacional de Captação e Manejo da Água da Chuva, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), do Instituto Federal Baiano (IFBA), Associação Brasileira de Captação e Manejo da Água da Chuva (ABCMAC), Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Associação Brasileira de Engenheiros Sanitaristas, Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA).

O Presidente da Associação Internacional de Captação e Manejo da Água da Chuva, Liaw Chao-Hsien, apresentou um panorama da captação da água de chuva em alguns países e destacou que os problemas com água só tem se agravado e o cenário não é somente o campo, mas também na cidade, intensificada pelas mudanças climáticas. Liaw informou que muitos países possuem políticas nacionais de captação de água da chuva, onde a água da chuva é muito útil. Por exemplo, na Austrália, que passou por grandes estiagens, é proibido usar água para regar as plantas do quinta/jardins” com água da torneira, somente de chuva, informou. “A cidade se trona mais saudável ecologicamente com a captação de água de chuva”, afirmou.

No Brasil, o Liaw avaliou que a região Semiárida se destaca e sai na frente com boas práticas de captação, mas que não vê está mesma realidade em outros estados, como em São Paulo, que está passando por um déficit hídrico pela ausência de medidas de sistema de armazenamento. Do ponto de vista dele, é preciso aprimorar as tecnologias e adapta-las à cidade, transformando as ações em uma política nacional de captação de água de chuva, com tecnologias apropriadas a cada região do país.

Água da chuva: Segurança Hídrica para o século XXI
Em seguida foi realizada a palestra de abertura “Água da chuva: Segurança Hídrica para o século XXI”, ministrada pelo Professor Cícero Onofre de Andrade da Universidade do Rio Grande do Norte. O professor destacou que a água da chuva é de “excelente qualidade para diversos usos, inclusive para beber”. Entre as usas colocações, enfatizou a necessidade de rever conceitos que se tem de água de chuva e seu armazenamento e manejo, para garantir a captação e armazenamento em quantidade e qualidade.

De acordo com o Professor, pesquisa comprovou que o descarte do primeiro milímetro da chuva tem enorme influência sobre a qualidade. Aproveita a ocasião para dizer que a tecnologia de armazenamento é uma prática milenar e no Brasil há séculos dessa pratica destacando que nos últimos 20 anos tem-se um esforço coletivo das organizações sociais em lutar pela universalização da cisterna no meio rural.

Cerca de 400 pessoas estão participando do evento, entre elas, agricultores familiares, estudantes, pesquisadores, especialistas e representantes dos cinco continentes. A programação se estende até do dia 15 com diversas atividades. A comissão organizadora divulgou que mais de 120 trabalhos técnicos foram selecionados e, além dos inscritos, cerca de 170 pessoas participaram dos cinco minicursos realizados neste primeiro dia.

Texto e Foto: Comunicação Irpaa