IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada

Viver no sertão é conviver com o Clima

Formulário de Busca


Notícias

Formação de pedreiros de cisternas de produção é iniciada em Chorrochó

Formação de pedreiros de cisternas de produção é iniciada em Chorrochó

 

Região de Caiçara e Jurema, no município de Chorrochó, estão se movimentando na realização dos cursos de pedreiros em cisterna de produção, do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação do Semiárido Brasileiro (Asa), em convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sendo gestado pelo Irpaa. Os cursos começaram dia 11 de março e se encerram no dia 20 deste mês com as primeiras cisternas prontas, uma calçadão e outra de enxurrada. A formação especializada dos pedreiros é o primeiro passo para se iniciarem as construções das outras 320 tecnologias sociais previstas no P1+2 para os municípios de Chorrochó,Uauá e Sento Sé.

Nesta ocasião, os pedreiros estão aprimorando a profissão ao mesmo tempo em que a equipe do Irpaa, os instrutores e as famílias avaliam as habilidades e responsabilidade dos pedreiros na construção da cisterna. Estão participando destes cursos profissionais oriundos do próprio município, além dos instrutores e as famílias. Na prática, os pedreiros aprendem o passo a passo para erguer esta construção social.

O pedreiro Deide Junior Silva Ramos considera que a realização deste trabalho exige muita responsabilidade do profissional quanto a garantir a qualidade da estrutura de armazenamento hídrico: “construir cisterna é a mesma coisa que construir uma casa. É para a vida toda”. No caso do instrutor José Gonçalves dos Santos, a profissão de pedreiro de cisterna tem lhe possibilitado intercâmbio de experiência com outras pessoas, já que viaja para muitos lugares diferentes por conta da profissão. “Nunca saí de minha terra e depois das cisternas tive a oportunidade de conhecer o mundo”, afirma.

Ao final do curso às famílias estarão com a cisterna pronta para armazenar até 52 mil litros de água. A gestão desta água para a produção de alimentos já foi discutida com parte destas famílias e, posteriormente, com todas as outras participantes do projeto. Em outro momento, os/as agricultores/as familiares participarão de um curso sobre as possibilidades de manejo simplificado de irrigação.

Para D. Maria Teixeira, a inclusão da família no projeto trouxe muitas expectativas, principalmente, com a disponibilidade de água perto de casa. “É muito bom, vai servir muito, tanto pra mim, como pra quem ainda não tem [a cisterna]”, avalia. Já para a sua vizinha, Maria Aparecida, a vida já tem melhorado desde a chegada da cisterna de consumo e, com a cisterna calçadão, ela já alimenta com mais realidade os sonhos de produzir verduras no seu quintal: “quando chover vou plantar alguma coisa...hoje a gente compra tudo e com veneno”, afirma.

Ainda de acordo com Aparecida, a partir de agora, com a água da chuva armazenada também para a produção de alimentos, ela espera que a dependência por ações emergenciais diminuam, pois “não preciso esperar pelo carro pipa... vou ter água da chuva em casa sem depender de ‘políticos’”, constata.

Para além das construções
A construção da cisterna é uma das partes do conjunto maior da ação de acesso à água para as famílias do campo do Semiárido brasileiro. A Asa, que é formada pelas entidades que estão em várias partes da região semiárida, tem realizado estas intervenções a fim de consolidar a Convivência com o Semiárido. A formação e animação de sujeitos sociais que estão no campo, com o acesso a informações, troca de experiências, oportunidade de criação de vários espaços para as práticas de uma educação não formal contextualizada, acesso a políticas públicas, promoção do protagonismo social e de um bem viver no sertão, são algumas das ações que vão além da implementação das tecnologias previstas no projeto.

Outra ação dentro do projeto que tem ganhado força é o intercâmbio de experiências entre agricultores e agricultoras familiares, que pode ser interestadual e municipal. As famílias também têm a possibilidade de aprimorar e adquirir um galinheiro, assim como são construídos canteiros econômicos ao lado da cisterna, possibilidade, entre outros aspectos, do uso apropriado da água para molhar a horta.

Texto e Foto: Comunicação Irpaa


Veja também

< voltar    < principal    < outras notícias

Página:

Formação de pedreiros de cisternas de produção é iniciada em Chorrochó

Para:


Suas informações:



(500 caracteres no máximo) * Preenchimento obrigatório




Campanhas

Newsletters

Cadastre seu e-mail para receber notícias.

Formulário de Contato





Faça sua doação


Copyright © 2005 - 2009 IRPAA.ORG Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - IRPAA
Avenida das Nações nº 04 - 48905-531 Juazeiro - Bahia, Brasil
Tel.: 0055-74-3611-6481 - Fax.: 0055-74-3611-5385 - E-mail: irpaa@irpaa.org - CNPJ 63.094.346/0001-16
Utilidade Pública Federal, Portaria 1531/06 - DOU 15/09/2006 Utilidade Pública Estadual, Lei nº7429/99
Utilidade Pública Municipal, Lei nº 1,383/94 Registro no CNAS nº R040/2005 - DOU 22/03/2005