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Um grito em defesa do Semiárido

Um grito em defesa do Semiárido

A manifestação organizada pela Articulação do Semi-Árido (ASA), que reuniu 15 mil pessoas em Juazeiro e Petrolina nesta terça feira dia 20, foi mais que um protesto contra as cisternas de plástico que o governo pretende instalar nas comunidades rurais do Semiárido. Os/as agricultores/as e representantes de entidades filiadas a ASA denunciam, sobretudo, a incoerência do governo em desmobilizar um trabalho social que há 10 anos beneficia mais de 2 milhões de sertanejos principalmente por meios dos programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas águas(P1+2), que têm levado água, dignidade e cidadania para essas pessoas.


A Mobilização


Os números superaram a expectativa dos organizadores do evento. Não é qualquer manifestação que junta 15 mil pessoas (segundo levantamento da Polícia) em um único ato e em tão pouco tempo. Esse número revela claramente que as famílias de agricultores que vieram de todos os estados do Nordeste e Norte de Minas Gerais respondem com firmeza que as cisternas de plásticos não são viáveis para a região, e que a forma como a mesma é instalada – sem o processo de formação e sem discussão acerca das atividades produtivas adaptadas à região – representa um enorme prejuízo para as comunidades envolvidas nos programas da ASA uma vez que as cisternas de plásticos não contratam pedreiros, nem compram materiais no comércio local e, principalmente, não levam formação às comunidades.

Passeata P1MC

Na ponte Presidente Dutra, atravessando de Juazeiro para Petrolina

Essas observações foram feitas pelo Coordenador Executivo da ASA, Naidson Batista, durante a mobilização desta terça-feira. Naidson lembrou que as cisternas construídas pela sociedade civil, passam inclusive, por um rigoroso processo de licitação e prestação de contas, por sinal, muito elogiado pelos órgãos de controle do próprio governo. Naidson lembrou ainda que os termos de parcerias firmados pelo governo e publicados no Diário Oficial da União, precisam ser cumpridos porque existem milhares de famílias na expectativa de receber não só as cisternas prometidas, como também toda a formação sobre o manejo correto da água e da produção apropriada ao Semiárido.

O Ato mostrou também o poder de mobilização da sociedade civil que saiu fortalecida a partir de uma relação de parceria entre ONG's, organizações religiosas, entidades sindicais e movimentos populares a exemplo do MST.

Desdobramentos


Além das 3 mil entidades ligadas a ASA, outras instituições como a Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estão se posicionando perante o governo no intuito de que os programas da ASA executados em parceria com o governo sejam retomados e que os compromissos firmados com a sociedade civil sejam cumpridos. Nesta quinta-feira (22), uma comissão da ASA se reúne em Brasília com representantes do governo na intenção de reabrir um dialogo entre as duas partes. Alguns parlamentares tanto da base aliada do governo como da oposição se comprometem em facilitar este diálogo no sentido de que os programas de abastecimento para o Semiárido executados nos moldes da ASA voltem a beneficiar tantas famílias e comunidades rurais de mais de mil municípios em toda a região.

Fotos: Álvaro Luiz, arquivo Irpaa

 

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