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Encontro com comissões municipais discute tecnologias apropriadas para o Semiárido

Encontro com comissões municipais discute tecnologias apropriadas para o Semiárido

As comissões municipais das cidades de Curaçá, Juazeiro e Casa Nova estiveram reunidas na última sexta-feira (26), no Centro de Formação Dom José Rodrigues. O coordenador do Irpaa, Admilson Rocha (Tiziu), colaboradores do Irpaa e do Sajuc, também estiveram presentes no encontro, com a finalidade de dialogar e trocar as experiências em relação aos projetos de implementação de recursos hídricos, dando destaque para o projeto P1+2 Petrobras, que vem sendo executando nessas cidades.

Durante o encontro cada comissão pode traçar um mapa da realidade atual da sua região neste período de estiagem, além de avaliar como as comissões vêm acompanhando instituições que desenvolvem projetos voltados para tecnologias de captação, armazenamento e gerenciamento de água, a exemplo Irpaa, Sasop entre outras instituições. Neste momento, as comissões também falaram de outras lutas que eles também apoiam, como a Comissão de Casa Nova que luta na defesa das comunidades tradicionais, em relação às ameaças sofrida com o avanço das mineradoras no município.

Outro ponto importante da capacitação foi discutir o andamento das ações do P1+2, abordando a importância da participação das comissões em toda etapa do projeto. Segundo o coordenador P1 +2, pelo Irpaa, André Azevedo,“este momento é de integração e permiti discutir o caminhar do projeto na comunidade... e que as comissões ajudam a mobilizar e manter animadas as famílias no decorrer do projeto”. Portanto, é necessário à parceria entre as comissões e as entidades que executa as tecnologias, fortalecendo as ações de Convivência com o Semiárido.

Acesso a água de consumo humano

O encontro das comissões municipais também debateu sobre a dificuldade que as famílias da região de Casa Nova entre outras, estão encontrando para ter acesso a primeira água, a água de consumo humano. Isso ocorre devido o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), não está sendo executando em municípos como Juazeiro, Casa Nova, Uauá, Canudos, Remanso e Pilão Arcado. Nesses municípios a instituição, responsável em fornecer a tecnologia para armazenar a primeira água, e Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Panaíba (CODEVASF), não trabalha com a cisterna de placa, só a de polietileno, que não atende a demanda.


A cisterna de polietileno não vem sendo aceita pela população, decorrente da sua qualidade ser inferior à cisterna de placa e seu custo mais elevado. Além de ter diversas discussões em relação ao seu material causar danos a saúde humana, o processo de construção não envolve as famílias, há concentração de renda no domínio das empresas que fabricam as cisternas, entre outros contras.

Segundo Leonice Rocha, agricultora e umas das representantes da comissão de Juazeiro, “ nós não queremos e não aceitamos a cisterna de polietileno, a gente vai lutar para que volte o programa do P1MC aqui, com a construção da cisterna de placa, com a água de beber, para as famílias que realmente não tem ainda”. Todas e todos os membros das comissões presentes, demostraram nas suas falas, partilhar da mesma opinião de dona Leonice.

Encaminhamentos

Tanto as comissões municipais, como a equipe do Irpaa e Aniceto Queiroz,representante do Sajuc, mostraram a necessidade de mobilizar a população e entidades do Território São Francisco, em relação as tecnologias de acesso a água de consumo humano, já que a cisterna de polietileno não é uma tecnologia apropriada para o Semiárido.

Um das estratégias para lutar pelo retorno do programa P1MC e com ele a construção da cisterna de placa, é construir uma grande mobilização na região junto com a Articulação no Semiárido Brasileiro(ASA) regional. O primeiro passo a ser tomando é reunir as entidades que fazem parte da Asa na região, Irpaa, Sajuc, Sasop, para dialogar sobre os métodos e ações possíveis para viabilizar essa evento.

Ao final do encontro foi perceptivo a expectativa de todos e todas presentes, na possibilidade de ter uma mobilização que paute a insatisfação em relação a cisterna de polietileno e que demostre que o povo do Semiárido quer tecnologias apropriada para esta região e políticas públicas de Convivência com o Semiárido.

Acesse aqui mais informações sobre a Campanha da ASA Cisternas de Plástico/PVC: Somos contra!
 


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