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5º Seminário de Hidroestesia no Semiárido

5º Seminário de Hidroestesia no Semiárido

 

Reunidos no Centro de Formação Dom José Rodrigues em Juazeiro, dezenas de hidroestesistas (pessoas que tem o dom de localizar água debaixo do chão), discutem os desafios e as condições de ampliar e melhorar esse trabalho. Discussões marcaram a realização do 5º Seminário Nacional de Hidroestesia no Semiárido, evento promovido pelo Irpaa nos dias 11,12 e 13 de novembro e que reuniu pessoas da Bahia, Pernambuco e Piauí. Esses hidroestesistas muito tem ajudado as famílias do Semiárido na aquisição água de poços e cacimbas especialmente nesse período de estiagem.
 
O trabalho é voluntário e voltado basicamente para as famílias e comunidades que necessitam de fontes comunitárias de águas para as pessoas, para os animais e para pequenas produções. Um trabalho acompanhado pelo Irpaa através da colaboradora Maria Oberhofer que detém muita experiência nesse assunto. Aliás, muitos desses hidroestesistas tiverem, ao longo dos anos, seu dom de marcar poço e cacimba aperfeiçoado com a contribuição de Maria.
 
Júlio Feitosa marcador de poços e cacimbas há mais de 15 anos na região de Campo Alegre de Lourdes na Bahia, diz que as famílias que nessa seca, buscavam água em fontes muito distantes, ficam bastante gratas quando a água dos poços marcados por ele atende toda uma comunidade. Ele comenta que, recentemente marcou um poço no município de Pilão Arcado que acabou jorrando água considerada mineral, muito indicada para o consumo humano.
 
Augustinho Pereira que faz a mesma atividade no Território da Serra da Capivara no Piauí, comenta que a maioria dos poços que ele marcou nessa região deram água em quantidade e qualidade. O mesmo comenta que o fato do hidroestesista não utilizar equipamentos sofisticados, e sim, uma simples varinhas de metal para localizar poços e cacimbas, muitas vezes não gera a devida credibilidade quando se iniciam as marcações, e que, o trabalho que só acaba sendo reconhecido quando as fontes jorram água. Mas, segundo Augostinho, essa realidade já começa a mudar devido o apoio de algumas entidades populares que estão divulgando o trabalho dos hidroestesistas.
 
No encontro, surgiu a discussão sobre a criação de uma instituição que represente os hidroestesista em todo o Semiárido. O que para Lindomar Carvalho, marcador de poço na região de Curaçá, isso pode ser um canal muito interessantes para debater esse trabalho no âmbito do uso das águas subterrâneas em toda a região e em parceria com outras instituições que apontam soluções para viabilizar o Semiárido.
 
 
 

 


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