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II Encontro da equipe de Ater Federal discute a estruturação dos projetos de produção familiar

II Encontro da equipe de Ater Federal discute a estruturação dos projetos de produção familiar


No dia 09 e 10 de julho deste ano, no Centro de Formação Dom José Rodrigues, Juazeiro – BA, foi realizado o II Encontro da equipe do Ater Federal, com o objetivo de discutir as demandas apontadas nos diagnósticos da Unidade de Produção Familiar (UPF) para então pensar em ações que contribuam para a estruturação produtiva. Foi um momento também para discutir estratégias para o segundo semestre de 2013, visando a melhoria da qualidade de vida das famílias do campo e beneficiárias/os dos serviços de Ater.

Diante da fase atual de implementação, muito foi discutido sobre as demandas que surgiram nos diagnósticos das UPF's das famílias, a exemplo de algumas famílias que apontaram a necessidade de continuarem ou retomarem suas atividades produtivas, aperfeiçoando as técnicas e práticas como a criação de galinhas, caprinos e ovinos, abelhas e também a produção de hortaliças e leguminosas. Outro ponto abordado é que na elaboração dos projetos de cada beneficiário/a sejam observados tanto o perfil das famílias e o contexto sócio climático, bem como a disponibilidade de diversos tipos de recursos.

Para a colaboradora do Irpaa que atua com as famílias de Canudos, Maria da Paixão, realizar esta assessoria neste período de longa estiagem e conseguir fazer com que o projeto seja implementado é um desafio muito grande. “A gente está chegando em famílias que são consideradas dentro da pobreza extrema e a gente (técnico/a) tem que fazer um estudo da família, das suas habilidades e condições que tem. E aplicar este projeto de estruturação é uma forma de desenvolver a família”, defende. Ela diz ainda que o papel do/a técnico/a também é de animador/a, já que muitas vezes chegam em famílias que estão desanimadas.

O coordenador do Ater, Tiago Pereira, apontou desafios enfrentados pela equipe para o desenvolvimento deste trabalho, “primeiro de reestruturação dos serviços de ATER tendo em vista uma descrença nas comunidades, segundo por estarmos desenvolvendo ações nesse período mais crítico da estiagem prolongada. Dessa forma, as intervenções futuras dos agentes de Ater precisam articular tecnologias junto aos órgãos públicos que garantam a segurança hídrica, reestruturação dos planteis de criação de animais e produção de forragens. Pois esta atividade produtiva de pequeno porte é que mais está sustentando ainda a agricultura familiar no Território Sertão do São Francisco, norte da Bahia”, esclarece.

Ainda de acordo com Paixão “é um processo de formação e construção do conhecimento, que antes de tudo a gente tem que sentar com a família para esclarecer o projeto, a proposta da Convivência com o Semiárido. Nós temos o dever de trocar o conhecimento, porque muitas vezes a família tem conhecimento que a gente desconhece, assim como conhecemos coisas que eles desconhecem. Então é uma soma para que a vida da família tenha uma mudança, saia dessa linha de miséria”, acrescenta.

Durante a programação do encontro foi construído coletivamente acordo de trabalho para que as atividades do projeto sejam realizadas no tempo estipulado e com a qualidade necessária, preservando o tempo e a participação das famílias no desenvolvimento das ações.


Balanço do projeto
Em cinco meses de execução do projeto, além de outras ações foram definidos os públicos de atuação e também feitas reflexões acerca das informações levantadas nos diagnósticos das UPF's. A partir do contexto em que os produtores/as e criadores/as estão vivenciando, a meta é conseguir, em dialogo com as famílias beneficiárias, reestruturar a produção familiar, a partir da assessoria técnica apropriada para a região.

“Os serviços de Ater ora desenvolvidos pelo Irpaa, visa contribuir com o empoderamento dos beneficiários e fortalecimento das organizações comunitárias, estimulando e reestruturando os sistemas de produção apropriados para a Convivência plena com o Semiárido”, explica Tiago.

Até o momento, das 2.500 famílias beneficiadas com o projeto, 1.100 estão com seus diagnósticos sistematizados, onde já foram construídos 200 projetos de estruturação produtiva, contemplando 268 comunidades nos seis municípios desta primeira etapa do Projeto de Ater. A previsão é que até o final do ano todas as famílias desta primeira etapa iniciem a implementação de seus projetos de produção apropriados à região semiárida.

Participaram deste momento cerca de 40 colaboradores/as do Irpaa que estão atuando diretamente com as famílias inseridas no projeto de Ater para o Semiárido.

O projeto de Ater é uma das ações do Plano Brasil Sem Miséria do Governo Federal, com recursos oriundos do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, sendo gestado pelo Irpaa.
 


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