IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada

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06.12.2017

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OrganizaÃ§Ã£o das famÃlias, entusiasmo e parcerias devem colaborar com a melhoria de vida no PiauÃ

As famílias do Piauí estão muito entusiasmadas com o início do Projeto Semiárido Produtivo. Há uma expectativa muito grande de que as ações possam colaborar para o fortalecimento das comunidades, como evidencia a jovem Líria de Souza, 29 anos, moradora da comunidade quilombola Potes, em São João da Varjota. Para Líria, o projeto pensado desde 2012 “é importante por conta de melhorar a organização” das comunidades.

De acordo com a jovem agricultora, a região tem um imenso potencial para a criação de animais de pequeno e médio porte, como caprino, ovino e galinha. Ela conta que as/os agricultoras/es “esperam melhorar a alimentação dos animais” a partir das ações do projeto. Líria ainda cita a produção vegetal como uma oportunidade. Em Potes é comum produzir hortaliças, caju e plantas medicinais.

A expectativa das/dos agricultoras/es explicitada nas intervenções durante o Encontro Estadual, evidenciam o cenário otimista, verificado em campo por Vanessa Neri, Assessora Produtiva do Projeto no estado. “As comunidades estão bem entusiasmadas com a chegada do projeto e a partir desse encontro a gente vê esse entusiasmo ser colocado em prática”, relata Vanessa. Segundo ela, “o encontro é um momento em que as representações dos municípios conhecem mais do projeto, a previsão de chegada das atividades nas comunidades”.

Vanessa espera que o Semiárido Produtivo “fortaleça as concepções de Convivência com o Semiárido de cada uma das famílias que estarão envolvidas no projeto”. A expectativa da assessora é semelhante a projeção feita por Carlos Eduardo Leite, Administrador do Departamento Regional Nordeste do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Ele espera que “ao final do projeto as famílias tenham melhores condições de vida”.

Parcerias

No Piauí o Irpaa contará com o apoio de Sindicatos, Movimentos Sociais, Embrapa, Governo do Estado e ONGs, a exemplo da Cáritas Brasileira Regional do Piauí. Raimundo do Vale Azevedo, coordenador técnico da instituição, destaca ações que já são realizadas em conjunto com o Irpaa. Recentemente “a Cáritas realizou um intercâmbio de educadoras/es em Juazeiro”, conta.

A Cáritas desenvolve ações no campo da educação contextualizada, manejo de água, sementes e, de acordo com Raimundo, “deve contribuir nas capacitações, no acompanhamento das atividades”, além de ocupar uma vaga no Comitê Gestor do projeto no Piauí. O coordenador espera que a ações do Semiárido Produtivo possam “potencializar atividades que a Cáritas já desenvolveu”, como por exemplo, as cisternas de produção construídas nos últimos anos.

Outra parceria que deve trazer contribuições importantes para o projeto é a Embrapa Meio-Norte, onde atua o pesquisador Marcos Jacob. Ele é responsável por pesquisas sobre raças nativas no Piauí, com destaque para a raça de galinha da canela preta. Jacob acredita que a Embrapa poderá contribuir com ações nas comunidades onde o Semiárido Produtivo aturá.

Apoio a ações de Convivência com o Semiárido

O BNDES tem sido um parceiro importante das instituições que desenvolvem ações voltadas para a Convivência com o Semiárido. Carlos Eduardo Leite, revela que o banco tem dado enorme atenção a agricultura familiar, ao Semiárido e às regiões menos desenvolvidas do País. Um bom “exemplo do apoio do banco a região semiárida e a agricultura familiar é o apoio ao programa cisternas [P1+2], onde o BNDES já investiu mais de 250 milhões, atendendo mais de 23 mil famílias”.

O Encontro Estadual realizado nos dias 04 e 05 de dezembro, em Campo Grande do Piauí é uma das atividades previstas no projeto Semiárido Produtivo, realizado pelo Irpaa, com financiamento do BNDES.

Texto e foto: Comunicação Irpaa