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18.02.2021

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Juventude de Fundo de Pasto desenvolve projeto em comunicação digital para a defesa do território

Com o objetivo de formar 50 jovens lideranças, a Articulação das Comunidades Tradicionais de Fundo de Pasto da Região de Canudos, Uauá e Curaçá, e a Associação Comunitária e Agropastoril dos Pequenos Produtores de Lajes das Aroeiras – ACAPPLA, em parceria com o Coletivo Florestal Cagaita, estão desenvolvendo o projeto Formação Digital para a Defesa dos Territórios e Comunidades Tradicionais de Fundo de Pasto da Região de Canudos, Uauá e Curaçá.

O projeto, financiado pelo Fundo Casa Socioambiental, vai contribuir na formação da juventude para atuar no ambiente digital, produzindo conteúdos que promovam a cultura e as tradições regionais. Além disso a iniciativa vai tratar sobre a importância de defender os territórios tradicionais e conservação da caatinga. Ao longo da execução do projeto, serão produzidos 50 vídeos, que ficarão disponíveis no youtube do Coletivo Florestal Cagaita.

“O maior objetivo do projeto é fortalecer a articulação Estadual de Fundo e Fecho de Pasto, através da formação de jovens e mulheres, assegurando sua permanência nos territórios”, destaca Adriana Margutti, engenheira florestal e que faz parte do Coletivo Florestal Cagaita. Somado a este objetivo, Adriana também acrescenta que o projeto pretende unir os povos e comunidades tradicionais, realizar formação em educação digital de jovens e mulheres, além de contribuir na defesa dos territórios de Fundo de Pasto.“Nós acreditamos que as comunidades de Fundo de Pasto são aliadas de primeira hora no combate as mudanças climáticas”, enfatiza Adriana.

Segundo Adriana, a expectativa é que o projeto possa fortalecer a ponte entre os diversos setores da sociedade que vem construindo um novo paradigma societário, bem como a defesa da caatinga e dos territórios tradicionais.

Para Roseli Cordeiro, liderança jovem da comunidade Lajes das Aroeiras, que está diretamente envolvida no projeto, a iniciativa é extremamente importante para a juventude das comunidades, pois diante do cenário pandêmico, cresceu bastante a interação pelas redes sociais. “Mesmo diante do isolamento social, a formação digital possibilitará que os jovens envolvidos possam divulgar por meio das mídias todas, as potencialidades que existem nestas comunidades, produzindo conteúdos que venham dar mais visibilidade a essas comunidades”, afirma ela. Roseli reforça que a formação digital vai contribuir com a divulgação de conteúdos que valorizem as comunidades nos aspectos social, econômico e ambiental.

O Coletivo Floresta Cagaita é formado por lideranças comunitárias e profissionais, que se dispõem a pensar o Brasil Agroflorestal e sociobiodiverso, na perspectiva dos povos dos campos, das águas e das florestas, pautando-se pela inclusão dos saberes tradicionais no desenvolvimento para o país.

Texto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa/ Foto: Divulgação