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Seminário Intermunicipal discute experiências significativas de Educação Contextualizada ao Semiárido

Entre os dias 26 e 28 de outubro, diversas experiências de educação contextualizadas ao Semiárido brasileiro estão sendo postas em discussão no Seminário Intermunicipal de Educação, que tem como público-alvo educadores e educadoras de municípios do Vale do São Francisco.

Docentes de escolas do campo e também da cidade, coordenadores, gestores escolares e secretários de educação discutem temáticas como educação e desenvolvimento sustentável, classe multisseriada, saberes docentes que devem fazer parte da proposta de educação contextualizada para o Semiárido. Os principais avanços e desafios relacionados à difusão desta proposta que considera a educação como elemento central no processo de transformação da sociedade também vem sendo debatidos.

O Seminário é realizado pelo Irpaa e em sua 8ª edição com ampla participação dos municípios e com a apresentação de ricas experiências de educação contextualizada desenvolvidas nas escolas. A mobilização dos/das docentes é feita através das Secretarias de Educação de cada município, as quais devem incentivar a prática de uma educação adaptada à realidade do local onde a escola está inserida. O evento encerra com a confirmação de um compromisso institucional com a educação para Convivência com o Semiárido.

Socialização de experiências

Educadoras das escolas multisseriadas de Fartura, Limoeiro e Cabeluda, no município de Sento Sé, trouxeram a experiência de educação ambiental desenvolvida a partir do Projeto Recaatingamento. A criação de poesias, músicas, cordel, realização de gincana, caminhada ecológica e a construção de um álbum serial com fotos e textos sobre plantas medicinais da caatinga, foram os principiais produtos elaborados pelos estudantes, conforme o relato de experiências das educadoras.

De acordo com as expositoras, os conteúdos voltados para questão ambiental com foco na preservação do bioma caatinga são trabalhados de forma interdisciplinar, envolvendo as/os estudantes no processo de construção do conhecimento acerca da própria realidade, sem perder de vista os demais conteúdos previstos no currículo da escola.

No debate foi destacada a importância da relação entre a escola e a comunidade, apontando a necessidade de socialização dos dados levantados nas pesquisas feitas pelos discentes e a continuidade do trabalho que tem gerado resultados significativos no processo educativo da região.

O Projeto “Navegando no Velho Chico” foi outra experiência apresentada por um professor do Centro Educacional José Argemiro da Cruz, localizado no Bairro Argemiro em Juazeiro, e por um pai (de estudantes do Centro) que acompanhou as etapas projeto. O “Navegando no Velho Chico” realiza viagens/aulas que fazem um percurso de barca pelo Rio São Francisco discute de forma lúdica atrativa a história e principais características do Semiárido e a necessidade de conviver com o mesmo.

Um parceria entre o Ministério Público, Secretaria de Educação de Juazeiro e entidades como o Irpaa, CPT e a Articulação Popular São Francisco Vivo, a iniciativa já envolveu diversos estudantes e educadores/as da Rede Municipal de Ensino. Em breve será lançado um livro elaborado a partir de criações (textos, desenhos, poesias) dos próprios “navegantes”, meninos e meninas que saem do espaço formal da sala de aula e afirmam aprender lições importantes sobre como valorizar o meio ambiente em especial o Rio São Francisco.

Este ano participam do Seminário Intermunicipal docentes de Andorinha, Campo Formoso, Curaçá, Casa Nova, Juazeiro, Sento Sé, Sobradinho e Uauá, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco.

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