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Semiárido é palco de comemoração dos 10 anos do Programa Arca das Letras

Semiárido é palco de comemoração dos 10 anos do Programa Arca das Letras

 

Na região do Pajeú pernambucano aconteceram entre os dias 11 e 13 de dezembro ações comemorativas em homenagem aos 10 anos do Programa Bibliotecas Rurais Arca das Letras. A primeira década do programa foi comemorada nos municípios de São José do Egito e Afogados da Ingazeira, região onde as primeiras arcas foram implantadas.

A programação comemorativa contou com visitas, reuniões e festas nas comunidades rurais pioneiras do programa, bem como ato solene nas sedes dos municípios de São José do Egito no dia 11 e Afogados da Ingazeira no dia 12. O ato reuniu representantes de entidades, trabalhadores e trabalhadoras rurais, representes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do poder público municipal, além da intervenção de representantes do Irpaa que apresentaram de forma lúdica alguns aspectos do Programa Arca das Letras, além de ressaltarem a importância de contextualizar a leitura ao Semiárido.

Defensores da leitura no campo expressaram durante a comemoração, dados relevantes sobre a educação local e a preocupação com o incentivo à leitura, especialmente de crianças e jovens. “As crianças recebem a arca com mais empolgação. Isto é bom, pois quanto mais cedo se lê, mais há a possibilidade de se tornar um leitor adulto assíduo”, expressou a coordenadora do Programa Arca das Letras, Maria Dione Ferreira que também trouxe dados sobre a atuação das bibliotecas rurais no Brasil. A coordenadora lembrou que já existem 10.133 (dez mil cento e trinta e três) arcas implantadas nos 27 estados no país, com mais de 2.000 (dois mil) livros distribuídos pelas zonas rurais. Ainda de acordo com Maria Dione, a pretensão é ampliar o número de bibliotecas e consolidar as bibliotecas já implantadas mediante o acompanhamento in loco e as formações continuadas das/os Agentes de Leitura que são animadores comunitários responsáveis pelo cuidado com as Arcas e com o incentivo a leitura.

A primeira Agente de Leitura do Brasil esteve presente no ato comemorativo e também ressaltou a sua história no Programa. Da comunidade Sítio do Retiro, Município de São José do Egito, Dona Maria Cassiano de Oliveira, de 77 anos, relembra como foi a sua trajetória no programa. Segundo ela a comunidade tinha a necessidade de adquirir livros e por isto solicitou materiais para formar uma biblioteca que mais tarde recebeu o nome de Arca das Letras. “A arca passou os dois primeiros anos em minha casa. A comunidade achou muito bom. Lá ia gente de todo lugar ler e pesquisar. Todos tinham vontade e curiosidade. Até as pessoas da cidade iam lá em casa pra ver a Arca e ler os livros. Era ônibus de todo lugar”, lembra Dona Maria que hoje lamenta o fato de não poder mais assumir o posto de Agente Voluntária da Leitura. “Quando a arca saiu de lá de casa eu chorei porque todo aquele movimento era como se fosse minha família. Mas, eu estava doente do coração e não podia mais cuidar da arca como antes”, revela. Hoje a Arca da Comunidade Sítio do Retiro encontra-se na sede do Grupo de Leitura da localidade e continua recebendo doações de livros bem como a frequência leitores.

A programação comemorativa continuou com a formação continuada de Agentes regionais de leitura. A formação aconteceu no dia 13 na Secretaria de Educação do Município de Afogados da Ingazeira que também é parceira do Programa.

Atuação comunitária

Embora a primeira Agente de Leitura tenha sido do Município São José do Egito, a primeira Arca do Programa foi implantada em Afogados da Ingazeira. Há exatamente 10 anos na comunidade Rural Umbuzeiro do Leitão (município de Afogados da Ingazeira) se organizava para receber a primeira biblioteca rural denominada Arca das Letras, algo que também foi fruto da organização e interesse comunitário.

E para comemorar uma década de Arca das Letras a comunidade Umbuzeiro do Leitão contou com uma programação recheada no quintal de Seu Sebastião da Silva (Agente de Leitura). À sombra de uma árvore foram recitados cordéis pelos estudantes da escola local; aconteceram rodas de leitura; realização de peças teatrais pela equipe do Irpaa e uma dança conhecida como coco, que é tradição na comunidade.

A coordenadora do Programa destacou que assim como em Umbuzeiro do Leitão, outras comunidades rurais também podem realizar momentos festivos em torno da Arca das Letras. Ela acredita que os municípios do Território Sertão do São Francisco que, com a parceria do Irpaa, agora contam o Programa, poderão intensificar ainda mais ações de leitura nas comunidades rurais e assim continuar exercendo a cidadania mediante a leitura.

Texto e foto: Irpaa

 


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