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Estudantes da Univasf conhecem Trilha da Convivência com o Semiárido

Uma turma de estudantes do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf, conheceu a trilha da Convivência com o Semiárido na manhã do último dia 12. Os/as estudantes, acompanhados/as dos/as colaboradores/as do Irpaa, José Moacir dos Santos e Edineusa Souza, puderam ver de perto a área de demonstração de tecnologias e párticas apropriadas para o Semiárido presentes no Centro de Formação Dom José Rodrigues, a 'roça' do Irpaa.

A professora responsável pela atividade, Vanderlea Andrade Pereira, informou que este foi um momento de fazer com que os futuros professores/as de sociologia conheçam in loco a discussão da Educação Contextualizada para a Convivência, fazendo com que reflitam e situem suas aprendizagens em sala de aula a partir da realidade de onde estão. Ela diz ainda que o Irpaa foi a instituição escolhida por toda sua contribuição a educação nesta perspectiva. “Porque a gente pensa que está na cidade e a nossa realidade se limita só a cidade, mas não. É preciso conhecer os diversos focos da realidade que nos rodeiam para a partir daí situar o nosso ensino, ou seja, situar as nossa didáticas, a relação dos futuros professores, que advém de diversos cantos da cidade, da zona rural, da zona urbana, das periferias, das comunidades, dos movimentos de base, dos movimentos sociais, etc”, explica Vanderlea.

Foi durante a trilha que a maioria dos/das estudantes tiveram acesso a conhecimentos e exposições dos elementos necessários para consolidar a proposta de convivência, vendo de perto as tecnologias de armazenamento da água da chuva, áreas de cultivos de especies de plantas nativas, conhecendo as suas riquezas nutricionais e a multiplicidade de usos, a criação de caprinos, toda a estrutura da roça do Irpaa, os materiais didáticos produzidos pela instituição. Além disso, puderam bater um papo sobre as questões relacionadas ao desenvolvimento do Semiárido e toda a sua história de ocupação e do que é necessário para garantir o bem viver na região, como a efetivação da regularização fundiária, o acesso a água e a educação contextualizada, entre outros.

O estudante do curso, Guilherme Ernesto Andrade Neto,considera que esta atividade descortinou o seu olhar: “o que nós vivenciamos hoje aqui é salutar no sentido de desconstruir uma série de mitos, preconceitos, que se tem acerca do Semiárido. A experiência que o Irpaa desenvolve contextualizada, é uma experiência que sobretudo dá certo. É fundamental para se propor algo novo para superar estes preconceitos e estes simbolismos que são historicamente construídos e disseminados”, diz.

Vanderlea diz ainda que durante estes espaços de formação é preciso provocar em cada um a consciência de lugar, de identidade e conhecimento, trazendo para si o desafio de se localizarem enquanto atores no processo de transformação da realidade. “E esse desfio de conhecer quem somos nessa diversidade, é o que tem que mover a formação deles, mover a sala de aula, a relação deles com os diversos saberes”, afirma.
Como parte da programação da disciplina, as/os futuros licenciados/as em Ciências Sociais, visitarão outras experiências nesta perspectiva de educação do campo, como a Ecoescola, no Piauí e a Escola Rural de Massaroca, em Juazeiro.

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