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Estudantes do Cetep mostram a importância de debater a Convivência com o Semiárido nos cursos técnicos

As/os estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco (Cetep), em Juazeiro, Bahia, realizaram na última quarta-feira (11) seminário para abordar a proposta de Convivência com o Semiárido. O evento foi organizado pelos educandos e educandas que participaram dos encontros de Formação, ministrados pela equipe do Irpaa nesse segundo semestre de 2013.

Durante todo o dia, as práticas sustentáveis adaptadas à região foram explicadas a partir dos eixos temáticos: Terra, Água, Educação Contextualizada ao Semiárido, Produção e Comunicação. As informações foram partilhadas através de palestras, peças teatrais, poesias e trilha do conhecimento, explorando temas como, formação do Semiárido, tecnologia de captação de água da chuva, criação e manejo de animais adaptados para a região, necessidade da mídia pautar a região semiárida, entre outros.

Jessica Fabíola Lima, estudante do curso técnico de Agropecuária que participou dos encontros, afirma que essas formações são importantes para as/os estudantes, pois apresentam uma forma nova de conviver com o Semiárido, possibilitando aos futuros técnicos/as enxergarem novos mercados de trabalho a partir dos conhecimentos absorvidos. “Com esse curso, a gente técnico está fugindo um pouquinho da questão do agronegócio... abriu uma porta nova para gente...então não tem só o agronegócio, hoje a gente pode trabalhar com o pequeno agricultor”. A estudante, junto com demais colegas, optaram por transmitir essas informações a partir da encenação teatral, com o objetivo de chamar e prender mais a atenção da plateia.

“No Semiárido não falta água, falta justiça”, “O Semiárido precisa de políticas públicas e não apenas emergências”, “O Semiárido que na maioria das vez é retratado pela mídia, não é verdadeiro”, essas frases, entre outras ditas pelos estudantes durante os seminários, vem comprovar que o grupo compreendeu a proposta de Convivência com Semiárido apresentada e debatida ao longo das formações. Para Maria das Graças, colaboradora do Irpaa, foi visível o aprendizado dos/as estudantes envolvidos/as no processo de formação.

Para a  estudante Milena Medrado, do curso de agricultura, apesar de não ter participado dos encontros, pode conhecer as ações e práticas adaptadas para a região, por meio dos seminários, e comentou: “estou três anos na escola, a gente nunca teve uma aula tão prática como essa”. Essas e outras falas comprovam a necessidade da escola trabalhar conteúdos teóricos e práticos de forma entrelaçados, além de utilizar a educação contextualizada para formar futuros profissionais preocupados com a transformação social e a valorização do Semiárido.

Na avaliação do Irpaa, a proposta da Convivência com Semiárido tem ampliado seus espaços de debate fora e dentro da escola e esta parceria com o Cetep é um exemplo disto. É preciso, porém, que um número maior de professores/as, estudantes, gestores públicos e demais pessoas abracem essas ações, para que se possa expandir ainda mais as experiências e práticas sustentáveis que respeitem as especificidades e particularidades da região Semiárida.
Texto e Fotos: Comunicação Irpaa

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