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Experiências de Mídia Livre da Bahia fazem parte de Rede apresentada durante encontro esta semana em Salvador

Experiências de Mídia Livre da Bahia fazem parte de Rede apresentada durante encontro esta semana em Salvador

Encerra neste sábado (13) o I Encontro baiano de Mídia Livre, evento que acontece em Salvador desde o dia 10 e reúne dezenas de iniciativas de Comunicação existentes na capital e no interior do estado. Estas experiências hoje fazem parte da Rede Bahia 1798, uma alusão a Revolta dos Búzios ocorrida na capital baiana em agosto de 1798, fato histórico negligenciado pela historiografia oficial ou apresentado apenas com o nome de Revolta dos Alfaiates ou Conjuração baiana. A Rede se inspira em ideais e estratégias de comunicação presente nesse movimento por liberdade, a exemplo da produção e distribuição dos jornais pasquins.

O encontro marca a execução de um projeto garantido via edital público da Secretaria de Cultura da Bahia que teve o objetivo de mapear diversas experiências de mídia livre nos 27 territórios de identidade da Bahia. O mapeamento, idealizado pelo jornalista Pedro Caribé, identificou mais de 200 canais de comunicação nas modalidades de produção audiovisual, notícias, fotografia, ilustração, música, etc, todas com foco na divulgação da arte e cultura, temáticas de cunho social e interesses locais, defesa de direitos, comunicação comunitária, educomunicação, entre outras.

“Tem muita gente produzindo, diversos tipos de conteúdos. O objetivo desse encontro é se situar nesse contexto, conseguir agregar essas pessoas e criar fluxos de informações na Rede entre essas diversas iniciativas no estado”, relata Pedro Caribé, lembrando que nos últimos dez anos os meios digitais de produção de conteúdos só cresceram e que é preciso aproveitar isso para “construir um cenário de comunicação livre no estado”.

O território Sertão do São Francisco foi representado no encontro pelas experiências de comunicação do Irpaa, das rádios comunitárias Zabelê Fm, de Remanso, e Curaçá FM, além do Projeto Carrapicho Virtual, desenvolvido com jovens de comunidades do Salitre, em Juazeiro. Mais de 70 pessoas participaram do evento, que debateu também temas como mídia e democracia na internet, autonomia e sustentabilidade do midialivrismo, cultura livre e audiovisual.

Livre criação

A internet tem sido a base da difusão dos conteúdos de mídia livre, com destaque para blog's, canais no youtube e páginas no facebook. Contudo, o uso de plataformas e redes construídas a partir de software livres foi uma das discussões presentes no encontro, uma vez que “a gente não tem tanta liberdade assim, porque essas mídias pertencem a grandes corporações”, a exemplo da google, conforme destacou um dos debatedores, Vicente Aguiar, membro da Colivre (Cooperativa de Tecnologias Livres), que tem sede em Salvador.

O incentivo ao uso de softwares gratuitos e que possibilitam a modificação, reinvenção, adaptação de suas programações tem sido uma das vertentes da luta pela democratização da comunicação no Brasil. “Ou a gente se coloca como sujeito desses processos ou seremos programados”, reforça Vicente, afirmando que software livre significa nõ apenas uma opção mas sim um modelo de produção de informação.

O poder que as redes sociais vem tendo no país também foi um ponto trazido ao debate, mesmo reconhecendo a interferência das empresas que as criaram no processo de difusão de determinadas ideologias, especialmente ligadas ao esquerdismo. “A mídia hegemônica era indismintível até a chegada das redes sociais”, frisou a blogueira Cinara Menezes, que mantém o blog Socialista Morena basicamente a partir de doações de seus/suas leitores e leitoras.

A Rede

Todas as iniciativas mapeadas pelo Projeto estão acessíveis em um portal que utiliza a plataforma web livre Noosfero, desenvolvida pela Colivre e que está hospedada na rede Software Livre Brasil, também desenvolvida em Noosfero. O objetivo da plataforma é agregar, organizar e compartilhar as iniciativas selecionadas em um ambiente constituído por tecnologias livres, onde a/o internauta pode ter acesso a uma variedade de iniciativas que produzem conteúdos diversos em diferentes regiões do estado.

Para integrar a Rede, basta acessar o portal e submeter a experiência de mídia livre, a qual passará por uma triagem, considerando os princípios midialivristas construídos pela Rede Bahia 1798.

Texto: Comunicação Irpaa
Fotos: Lula Fernandes

 


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