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Povos de todas as regiões do Brasil reafirmam a viabilidade da agroecologia durante congresso em Sergipe

Povos de todas as regiões do Brasil reafirmam a viabilidade da agroecologia durante congresso em Sergipe

“Pra gente a Convivência com o Semiárido é a expressão da agroecologia na região semiárida”, ecoou alto e de forma compassada Alexandre Pires, representante da Articulação Semiárido Brasileiro (Asa) durante a abertura institucional do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), que acontece em Sergipe de 04 a 07 de novembro.

Nesses quatro dias, a Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus São Cristóvão, está repleta de cores, etnias, sotaques, sabores, artes e experiências de todas as regiões do Brasil, evidenciando o quanto o país é diverso, rico, multiétnico. Entre as árvores centenárias, as tendas decoradas com bandeirolas coloridas ganham vida com a partilha de falas, sons, rituais, vivências sobre uma gama de temas que convergem para a agroecologia.

Nas salas onde costumam ser usadas para as aulas, são apresentadas pesquisas e extensão praticadas por universidades, órgãos governamentais e não governamentais, além de experiências vivas de povos e comunidades espalhadas pelo Norte, Nordeste, Sudeste, Centro Oeste e Sul do Brasil. O palco de apresentações, área de alimentação e a movimentada feira constituem o cenário dos encontros e reencontros entre pessoas e identidades no XI CBA.

O acolhimento feito na abertura a partir da Pedagogia Griô já sinalizava que a sabedoria dos povos tradicionais e a cultura popular dariam o tom do congresso. É com esse espírito que as plenárias, rodas de discussões, debates, apresentações artísticas, místicas falam também de direitos, políticas públicas e organização social. Experiências cultivadas na cidade e no campo, no seio dos movimentos populares, entidades e governos, são postas em cena para reafirmar que a agroecologia é um modo de vida viável, urgente e necessário.

Temas já bastante discutidos no evento ao longo das dez edições, como combate aos agrotóxicos, feminismo, comunicação popular, valorização e direitos dos povos e comunidades tradicionais, práticas saudáveis de produção de alimentos, se somam a outros emergentes nos dias atuais. A análise da conjuntura a partir da compreensão de que vive-se uma crise civilizatória chama tanto atenção quanto o debate acerca de problemas ambientais novos, a exemplo da contaminação do litoral brasileiro por óleo, crime ambiental que se arrasta desde o mês de setembro sem maiores providências institucionais e com graves consequências para a população.

Intercâmbio

Toda essa riqueza de informações está sendo levada para a comunidade Caatingas, em Porto da Folha (SE), de onde Jania da Silva Lima veio participar do congresso pela primeira vez, considerando importante representar as famílias do campo no evento. Ela é uma entre 120 agricultoras e agricultores assessoradas/os pelo Irpaa que estão participando desta edição do CBA.

O grupo representa as 400 famílias beneficiárias do Projeto Semiárido Produtivo, executado pela instituição nos estados da Bahia, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Alagoas, e vivencia um intercâmbio durante um evento nacional que tem importância política e científica. “É um momento muito importante pra esses agricultores porque eles vem, conhecem experiências diferentes, trocam informações, saberes”, descreve Paulo César de Jesus, colaborador do Irpaa que coordena o Semiárido Produtivo, projeto que conta com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

Durante a programação do CBA, que segue até quinta-feira (07), têm sido apresentados diversos trabalhos que evidenciam resultados do projeto nos estados. Além disso, agricultores e agricultoras trouxeram uma variedade de sementes, artesanatos, produtos beneficiados para expor, trocar e comercializar na Feira que acontece o dia todo na área central onde acontece o congresso.

O CBA é realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (Ana) e conta com o apoio de diversas instituições públicas e privadas, reunindo, além e agricultores e agricultoras, pesquisadores/as, estudantes, movimentos e organizações sociais do campo e da cidade, artistas, artesãos/as, educadores/as, mestres da cultura popular, comunicadores/as, etc.

Texto e fotos: Comunicação Irpaa 


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