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A chuva traz esperança as famílias sertanejas e a oportunidade de contribuir com recuperação da Caatinga

A chuva traz esperança as famílias sertanejas e a oportunidade de contribuir com recuperação da Caatinga

Com a chegada das chuvas, as cisternas, os tanques de pedras, barreiros e outras tecnologias de captação e armazenamento de água da chuva estão cheias, contribuindo na garantia da continuidade de produção de hortaliças, plantação de forrageiras e a criação de animais pelas famílias no Semiárido, ou oportunizando novos agricultores e agricultoras a exercer essas atividades nas suas propriedades.

Nivaldo Miranda é um dos agricultores que está planejando o cultivo de hortaliças e verduras no seu quintal. O agricultor mora na comunidade de Caraíba, em Campo Formoso - BA, uma das comunidades beneficiada com o Projeto Mais Água, executado pelo Irpaa. Seu Nivaldo foi contemplado com a construção do barreiro trincheira, que tem a capacidade de armazenar 500 mil litros de água. “Todo mundo duvidava que em pouco tempo ela [barreiro] ia ser cheia, e foi, com a primeira chuva...todo mundo duvidada porque a quatro anos não enchia reservatório nenhum...agora a gente vai começar a plantar verdura”, afirma o agricultor.

De acordo com André Rocha, colaborador do Irpaa, esse mês de janeiro foi o mais chuvoso dos últimos tempos, o que possibilitou encher muitas tecnologias. “Para o mês janeiro a média dos últimos cinco anos era de 75 mm de chuva, aqui na cidade [Juazeiro] já chegou a 290, tem algumas comunidades da zona rural que já passou de 300. É uma quantidade muito boa, que se aproxima da média esperada para o ano todo, a média histórica pra juazeiro, nos últimos 40 anos, foi de 500 mm pra o ano todo, e nós estamos passando de 300 em um único mês”, pontua André. Ele ressaltou que as previsões de chuvas para esse trimestre era a baixo da média histórica, porém essa previsão já foi ultrapassada.

Recaatingamento

O agricultor Antônio Rodrigues de Santana, morador da fazenda Papagaio, a 18 km da sede de Uauá, aproveitou a terra úmida para plantar e semear sementes de várias espécies nativas da Caatinga, fazendo recaatingamento em sua área de reserva legal. Muda de umbuzeiro, Faveleira, Aroeira, Pau Ferro, Barriguda, Coroa de Frade, Mandacaru, Palma, Sinzal e fruteiras foram algumas das espécies plantadas pelo agricultor, que segundo ele a terra úmida é sinal de vida nova no sertão.

A prática de plantar espécies frutíferas e forrageiras que geram alimentos tanto para famílias como para os animais, é uma das ações defendida e estimulada pelo Irpaa, com o intuito de proteger e recuperar áreas de Caatinga que estão em processo de degradação. Esta ação também possibilita outras formas dos agricultores e agricultoras extrair o seu sustento sem agredir a natureza. "É preciso associar que recompor a Caatinga é melhorar seu rebanho, existe um potencial forrageiro muito grande da Caatinga pouco discutindo e pesquisado... e esse potencial forrageiro deve servir como uma poupança reserva estratégica para outros momentos de escassez de chuvas e matérias para alimentação", afirma Diego Albuquerque, agrônomo e colaborador do Irpaa.

O recaatigamento e o manejo correto da Caatinga possibilita que as famílias tirem seus sustento a partir dos recursos naturais, através das práticas de beneficiamento de frutas, a partir do cooperativismo e associativismo. Outra importante contribuição do recaantigamento é ajudar a proteger o solo da ação de enxurrada, do vento, evitando o deslocamento de terra, entupimento de barragens, de bueiros nos períodos de chuva.

Diego explica que em momentos de estiagem o recaatingameno auxilia no processo de combate de desertificação. "Então, é fundamental que as famílias possam reservar parte de suas áreas, isolar pra que não tenha acesso de animais, nem de outras pessoas”. Ele esclarece ainda que esse isolamento seja em torno de dez anos, tempo necessário para recuperação da Caatinga e, após isso, as famílias possam desfrutar do potencial da Caatinga de forma sustentável.

Para saber mais sobre o recaantigamento, leia:

www.irpaa.org/noticias/1190/caatinga---patrimonio-do-semiarido-brasileiro

www.irpaa.org/noticias/301/projeto-recaatingamento-ajuda-a-combater-desertificacao-no-municipio-de-canudos

www.irpaa.org/noticias/435/mesmo-com-a-seca-plantas-nativas-brotam-em-area-de-recaatingamento

Texto: Comunicação Irpaa

Foto: David da Mota Rodrigues- Colaborador do Irpaa


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