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Apesar de decisão judicial, movimentos sociais atravessam a Ponte Presidente Dutra no Dia Nacional de Lutas

Apesar de decisão judicial, movimentos sociais atravessam a Ponte Presidente Dutra no Dia Nacional de Lutas

Em sintonia com as manifestações nacionais que aconteceram neste 11 de julho em todo o país, sindicatos, organizações de esquerda, entidades estudantis e camponesas do Vale do São Francisco saíram de Petrolina (PE) até Juazeiro (BA) com pautas nacionais como a Reforma Política e Reforma Agrária e com reivindicações e denúncias voltadas para pautas regionais ligadas à educação, mobilidade urbana, cultura e democratização da comunicação.

De forma pacífica, cerca de 2 mil pessoas, dentre estas crianças e idosos, atravessaram a Ponte Presidente Dutra depois de contestar uma Decisão da Justiça Federal que proíbe terminantemente qualquer ato que impeça ou crie obstáculo na referida Ponte, sob pena diária de dez mil reais. Para as/os representantes dos movimentos sociais participantes da manifestação, esta decisão, impetrada pela União, é inconstitucional, uma vez que desrespeita o direito de ir e vir assegurado na Constituição (inciso XV do art. 5º).

De acordo com Paulo César Souza, dirigente regional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), a manifestação foi planejada para acontecer de forma pacífica. “Em nenhum momento pensamos em parar a ponte”, disse ele que também criticou a ação da justiça em querer impedir a liberdade de expressão nos movimentos sociais em um local público. Durante o trajeto, diversas organizações se pronunciaram mostrando a indignação com a atuação da justiça brasileira, em especial os juízes que concedem decisões arbitrárias contra os direitos sociais e numa tentativa de barrar a organização popular, em especial da classe trabalhadora.

Após descer a ponte e seguir pelas ruas de Juazeiro organizados/as em fileiras, as/os manifestantes seguiram para a Tv São Francisco, afiliada da Rede Globo, onde encerraram o ato com falas de denúncia e protesto contra o monopólio da mídia no Brasil. Na próxima semana acontecerá mais uma plenária dos movimentos sociais do Vale do São Francisco para avaliar o 11 de julho e definir encaminhamentos.

Participaram da construção desta manifestação em Juazeiro e Petrolina as seguintes organizações: Movimento dos Trabalhadores Sem Terra; Sindicato de professores da Univasf; Consulta Popular; Sindicato Nacional dos Servidores Federais; Movimento dos Atingidos por Barragens; Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil, Movimento dos Pequenos Agricultores; Levante Popular da Juventude, Fórum de Comunicação Sertão do São Francisco, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento O Vale Acordou, Coletivo Amigos da Ilha do Fogo, Movimento Estudantil, dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco; Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios.

Os resultados das ruas

A reação da justiça em querer barrar a liberdade de locomoção é fruto da percepção da força popular. Na região, alguns órgãos têm procurado membros dos movimentos que tem ido às ruas para propor negociações e o legislativo de Juazeiro aprovou projeto de lei que reduz o valor da passagem das linhas urbanas das duas empresas de transporte que trafegam na cidade. No próximo dia 19, a Câmara de Vereadores de Juazeiro irá realizar audiência pública com os movimentos populares para discutir a Reformulação do Conselho de Transporte e Mobilidade Urbana, Revisão do Plano Diretor e Criação do Plano Diretor Rural.

No cenário Nacional, a redução da tarifa de transporte coletivo em algumas cidades, a votação contra a PEC 37 na câmara dos deputados, a criação de agenda permanente de diálogo entre a sociedade civil e o Ministério das Comunicações para debater as políticas públicas para o setor, maiores investimentos na área da saúde e educação, dentre outras conquistas animam a população a seguir com as manifestações no país.

Por Comissão de Comunicação
 


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