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Agentes comunitários visitam experiências de produção durante oficina em Remanso

Agentes comunitários visitam experiências de produção durante oficina em Remanso

Mergulhar na diversidade de atividades desenvolvidas pelas famílias do Semiárido foi a proposta da 6ª Oficina de Formação de ACAs/ACRs do Projeto Bahia Produtiva, realizada em Remanso, entre os dias 19 e 21 de março.

A ideia de ter mais contato com a prática desenvolvida pelas famílias surgiu do diálogo entre a equipe do Irpaa e o grupo formado por Agentes Comunitários de Apicultura – ACAs e Agentes Comunitários Rurais – ACRs, que fazem assessoria técnica para empreendimentos acompanhados pelo Irpaa no Território Sertão do São Francisco. “Foi possível estar dialogando e trocar experiências com famílias que trabalham com os sistemas produtivos diversos, vivenciar a forma que é encontrada no campo quando o ACR/ACA chega para fazer o acompanhamento”, detalha Ivonaldo Rodrigues, colaborador do Irpaa.

Durante os três dias de formação, o grupo visitou diversas experiências nas várias áreas produtivas, como produção de aves, suínos, caprinos, mel, beneficiamento de frutas e até mesmo produção de mudas. Na comunidade de Majó, as/os participantes viram de perto a experiência de produção de mudas e de hortaliças que tem gerado bons frutos, contribuindo para a geração de renda das famílias e manutenção financeira da associação.

No campo da produção de mel, a oficina proporcionou a visita à comunidade Melosa, onde está localizado o meliponário da jovem Rosângela Luna. A meliponicultora conta que começou a atividade quando terminou o curso técnico em agropecuária. “Não via nenhuma expectativa de trabalho, com necessidade de renda e sem grande valor para investir, iniciei na preservação de [abelhas] nativas. Iniciei com cinco caixas, logo após veio um projeto que deu um impulso no meu objetivo, me proporcionando organizar um meliponário”, conta a jovem.

Segundo Rosângela, quando ela iniciou a atividade, algumas abelhas já estavam extintas na comunidade, por conta do “elevado índice predatório”. Hoje algumas espécies já foram recuperadas e a meliponicultora obtém renda dos produtos advindos da criação de abelhas nativas.

José Fernandes, integrante da Bahiater, órgão de assistência técnica e extensão rural do Governo da Bahia, esteve na comunidade Melosa e também conduziu a oficina. Ele conta que a programação, mista de teoria e prática, propiciou o debate de vários temas. “Foram discutidos temas como manejo apícola para melhorar a produtividade, noções básicas de melhoramento genético, métodos de multiplicação e produção de rainhas. Tivemos também a oportunidade de visitar um meliponário, que está em pleno desenvolvimento”, comentou José Fernandes, dando destaque à produção de mel, hidromel e gel própolis, realizada no meliponário.

A anfitriã, Rosângela Luna, agora espera que o grupo possa ser reprodutor da ideia de preservação das abelhas nativas. “Através da visita e da troca de experiências com os meninos e as meninas do Bahia Produtiva a gente pode estar semeando sementinhas para que futuramente tenhamos a preservação de várias espécies nativas, o que hoje é muito raro”.

O ACR da Associação de Mulheres Agricultoras de Tanque Novo, em Casa Nova, Josielton Silva Nascimento, avalia o encontro como muito positivo. Ele destaca a diversidade de atividades vistas em campo e os momentos práticos. O Josielton evidencia a necessidade de olhar a agricultura familiar como um conjunto de atividades diversas. “A agricultura familiar não vive de uma só atividade”, defende Josielton.

A oficina em Remanso marcou a apresentação do caderno de campo para ACAs e ACRs. O instrumento foi desenvolvido pela equipe do Irpaa, especialmente, com base nos conhecimentos acumulados a partir dos debates com ACAs e ACRs.

O caderno contém uma série de informações básicas que deverão ser utilizadas pelas/os ACAs e ACRs no cotidiano, durante as visitas às famílias que fazem parte do projeto. No entanto, Ivonaldo Rodrigues alerta “que o caderno de campo não é o mapa, mas é um aperitivo, que serve de base para melhorar o acompanhamento”, ou seja, o caderno é um elemento que ajuda a/o agente no dia a dia a alcançar o objetivo da melhoria da produção e da renda das famílias assessoradas.

Texto e foto: Comunicação Irpaa


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