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Pró Semiárido: Grupo de Mulheres de Baraúna, Juazeiro, participa de formação de gênero

Pró Semiárido: Grupo de Mulheres de Baraúna, Juazeiro, participa de formação de gênero

Produzir doce, melado e bala do tamarindo é motivo constante de reunir as mulheres do Grupo de Beneficiamento de Baraúna, Salitre, Juazeiro - BA. Mas dessa vez a turma se organizou para discutir um assunto que tem a ver com a vida de todas, mas que quase nunca é debatido: as relações de gênero e políticas públicas para mulheres. Foi com esse intuito que elas estiverem na manhã do dia 23 de agosto, na sede da Associação da comunidade.

Algumas questões, como o que é gênero, o que as relações de gênero tem a ver com as políticas públicas, o que é feminismo e empoderamento foram dialogadas com as doceiras de Baraúna, que integram o grupo de mulheres do Território rural Arco-Íris, assessoradas pelo Pró-Semiárido em Juazeiro. Novidade até então, esses assuntos, que pareciam assustar, foram sendo esclarecidos e dialogados com muita proximidade com a realidade dessas mulheres.

“Diferente das outras [rodas de aprendizagem] o assunto não foi de rotulagem, comercialização de produtos, mas sim, dialogar sobre um tema que está no dia a dia das mulheres e que merece um profundo debate: provocar as mulheres a refletirem e entenderem as relações entre homens e mulheres... fortalecer a luta por igualdade de direitos”, esclarece Andressa Santos, colaboradora do Irpaa que acompanha esse território.

Diante disso, a situação da rotina das mulheres presentes, como o tempo destinado para os cuidados da casa, dos/as filhos/as, dentre outras tarefas domésticas e das atividades produtivas (hortas, galinhas, artesanato), foram vistas com um novo olhar a partir do debate da construção social do papel da mulher por uma sociedade patriarcal. As discussões possibilitam um olhar mais crítico, desnaturalizando a definição social de que a mulher deve ocupar-se dos cuidados domésticos enquanto ao homem foi dado o papel de gestor da casa, provedor do sustento da família.

O assunto pode até parecer vencido, mas se mostrou atual para este grupo que descobriu no doce de tamarindo uma geração de renda. A partir desse debate, a turma compreendeu, a partir dos próprios exemplos, o quanto que essa divisão sexista impacta na vida e no futuro delas, que na maioria das vezes, abriram mão dos estudos e sonhos para cuidar da família. Para Andressa, um dos desafios é ampliar o espaço da produção para o protagonismo no campo social também, fomentando às mulheres a terem autonomia na vida comunitária e pública, ocupando espaços como lideranças.

“A gente sempre precisa ouvir coisas novas. A gente precisa se unir e reunir”, defende Maria Isabel Santos, sobre a necessidade de fortalecer o grupo da sua comunidade. Para ela, o encontro também foi motivador para buscar novas possibilidades de geração de renda e alimentação saudável, como o plantio de verduras e hortaliças no quintal da casa.

O grupo “Sabor do Salitre” atualmente é assessorado pelo Irpaa através do Pró Semiárido, Projeto da Companhia e Ação Regional (CAR), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com recursos oriundos do Acordo de Empréstimo entre o Governo da Bahia e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – Fida.

Texto e foto: Comunicação Irpaa


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