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Intercâmbio em Morro de Chapéu evidencia o potencial da Caprinovinocultura

Intercâmbio em Morro de Chapéu evidencia o potencial da Caprinovinocultura

Morro de Chapéu sediou, nos dias 28 e 29 de março, o intercâmbio dos agricultores e agricultoras que estão investindo na cadeia da caprinovinocultura e participam do Grupos de Interesses de caprinos e ovinos do Território Rural Raízes do Sertão, do Projeto Pró–Semiárido. Este grupo é formado pelas comunidades de Canoa, Lagoa do Meio, Curral Novo e Cachoeirinha, membros da Cooperativa Agropecuária Familiar de Massaroca e Região -Coofama, do distrito de Massaroca, em Juazeiro e a da Cooperativa de Caprinos, em Casa Nova.

Pensando nas características que constituem a atividade econômica da criação de cabras e ovelhas desenvolvida no Território Sertão São Francisco – TSSF, a comitiva visitou o empreendimento Sabor Latino, que se destaca na produção de defumados de ovinos, suínos e aves. “Na região a gente vende o bode inteiro, então quando a gente vem e faz uma visita dessa, vê que o bode pode ser transformado em outros pratos, com isso a gente só tem a ganhar, porque vai valorizar, vai agregar valores”, afirma a agricultora Ana Lúcia Santos.

Sobre a relevância deste intercâmbio, o colaborador do Irpaa, Clérison Belém, que acompanha o projeto Pró-Semiárido, explica que “uma perspectiva para agricultura familiar é a agregação de valor, é o beneficiamento para que o produto tenha a cara da região, tenha um histórico…aqui nós conhecemos a estrutura, o beneficiamento, o processamento, como funciona, qual a logística, como eles comercializam”, explica Belém. Diante essa troca de informações, Ana Lúcia diz: “agora, cabe a nós, levar para as comunidades, discutir, buscar, vê estratégias, meios pra gente tá se organizando e, quem sabe, no futuro, tá montado uma estrutura dessa, pra tá agregando valor a nossa carne e tá inovando”.

Essa fala de Ana Lúcia dialoga com a proposta do intercâmbio, que segundo Clérison era de provocar cada agricultora e agricultor a pensar e discutir novas formas de comercializar e beneficiar a carne de cabras e ovelhas. O Técnico em Desenvolvimento da CAR, Victor Leonan, defende que o intercâmbio é uma ferramenta metodológica importante no desenvolvimento do projeto Pró-Semiárido. De acordo com o representante da CAR, o intercâmbio potencializa o agricultor a “abrir os horizontes, vê uma outra forma e também enxergar sua ação em campo (…). O intercâmbio tem essa magia, essa importância de fortalecer o trabalho que a assessoria técnica continuada faz no campo”, argumenta Leonan.

Desafios

Durante a troca de conhecimento, um dos representantes da Sabor Latino, o engenheiro de produção responsável pelo empreendimento, Maurício Sodré Aguiar, destaca como um dos grandes desafios no trabalho com o beneficiamento de produtos de origem animal, a legislação em relação aos selos para comercialização e a estrutura física. “Não existem projetos [projeto de agroindústria] para o pequeno, então a pessoa, quem quer hoje começar pequeno encontra resistência, encontra dificuldade, meio que a Adab (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) lhe obriga a começar grande”, diz Aguiar.

Outro desafio pontuado por Clérison é o manejo da criação, “a criação do animal influencia no produto (…) é preciso ter alguns cuidados específicos, alguns tratos pra ter o animal melhor alimentado, a suplementação a partir da silagem, feno, a produção de uma ração na comunidade, o processo de vacinação, vermifugação, é manejo. A gente vê que é possível e a característica da região não pode ser perdida”, defende Belém.

Esse fortalecimento da cadeia produtiva da caprinovinocultura precisa considerar as práticas já desenvolvidas nas comunidades e que podem ser potencializadas conforme a proposta de Convivência com o Semiárido. Clérison ainda argumenta que, “a gente não vê um trabalho desse na perspectiva individual, só a partir de grupos, de organizações”.

Além da experiência de beneficiamento da Sabor Latino, os agricultores e agricultoras visitaram a experiência da agrovila “Vila Ecológica Cotiguára”, formada por 15 famílias que conquistou a terra através do Programa Nacional de Crédito Fundiário e hoje trabalham com a preservação ambiental e criação de abelhas.

O Pró-Semiárido é um projeto da Secretária de Desenvolvimento Rural da Bahia, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação e o Irpaa executa o projeto nos municípios de Campo Formoso, Juazeiro, Sobradinho, Sento Sé e Remanso.

Texto e Foto: Comunicação Irpaa 


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