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Projeto Ecoforte contribui com a estruturação da Central da Caatinga

Projeto Ecoforte contribui com a estruturação da Central da Caatinga

 Após um ano e meio de execução no território do Sertão do São Francisco, o projeto de investimento social Ecoforte tem proporcionado resultados expressivos na vida de cerca de 200 famílias, compostas em grande parte por mulheres engajadas no beneficiamento de produtos da agricultura familiar no norte do Estado da Bahia.

Doces, frutas e verduras agroecológicas, mel, peixes, biscoitos, artesanato e uma diversidade de saberes e sabores resultam do trabalho desenvolvido há cerca de 15 anos pela Rede Sabor Natural do Sertão, agora institucionalizada através da Central de Cooperativas da Caatinga. Toda esta diversidade tem gerado oportunidades de valor e renda para as famílias engajadas em torno do beneficiamento e comercialização de produtos da Agricultura Familiar. Para estas famílias, o empreendimento produtivo estruturado em sua comunidade é muito mais que um patrimônio para complementação de renda, é uma oportunidade de protagonismo social e valorização da sociobiodiversidade local.

O Projeto

O principal objetivo do projeto Ecoforte é o fortalecimento e a ampliação das redes, cooperativas e organizações socioprodutivas e econômicas de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. Em todo o Brasil, cerca de 30 redes são beneficiadas pelo projeto, e no território do Sertão do São Francisco a Rede Sabor Natural do Sertão foi contemplada através da cooperação técnica do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada– IRPAA, executora do projeto no território.

Os recursos do Ecoforte são oriundos da Fundação Banco do Brasil, do Fundo Amazônia e do Fundo Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As ações do projeto Ecoforte estão centralizadas na resolução das principais dificuldades vivenciadas pelos empreendimentos produtivos da região, especialmente algumas que inviabilizar um bom fluxo da comercialização. Em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), 10 sistemas de tratamento de água para agroindústrias foram instalados, possibilitando que os empreendimentos adequem suas infraestruturas às exigências sanitárias, com relação a este requisito.

Outra questão fundamental tratada pelo projeto é com relação ao design dos produtos.Além dos 10 empreendimentos diretamente beneficiados, outros 10 grupos produtivos, ou seja, um total de 20 organizações sociais, estão recebendo consultoria para a realização do trabalho de adequação e padronização das embalagens, criação de rótulos adequados a legislação e diversos produtos de identidade visual para estruturar estratégias de marketing e divulgação da rede, através da Central da Caatinga.

Expectativas

Além disso, o projeto tem realizado diversas outras ações para o nivelamento dos grupos com relação a gestão administrativa, ambiental e comercial. Alguns exemplos neste sentido, tem sido a construção de planos de negócio, diálogo sobre acesso a políticas públicas, aquisição de máquinas e equipamentos adequados, fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI’s), capacitação sobre boas práticas de fabricação e higiene, além da entrega de um total de 2000 mil mudas de maracujá da caatinga e umbuzeiro para o recaatingamento de áreas de extrativismo.

De acordo com Paulo César, colaborador do Irpaa responsável pela coordenação do Ecoforte, “o projeto não podia vir em um momento mais oportuno. Estamos em fase de institucionalização da Rede e os recursos do projeto estão contribuindo para adequar os empreendimentos a produzirem produtos com alto padrão de qualidade, tendo em vista a construção do Armazém da Agricultura Familiar”. Paulo explica que está sendo pleiteado pelo Colegiado Territorial junto ao Governo da Bahia, a construção de um Armazém em Juazeiro, algo que para ele alavancará a Agricultura Familiar e a Economia Solidária na região.

A presidente da Amafe - Associação de Mulheres em Ação da Fazenda Esfomeado II, Cristiane Ribeiro, afirma que o grupo está com grande expectativa que após este investimento poderá “comercializar nossos produtos em diversos outros mercados pelos quais sozinhas dificilmente conseguiríamos”. A Amafe é especializada na produção de biscoitos de polvilho na comunidade de Esfomeado, em Curaçá, e é um dos empreendimentos beneficiados pelo projeto Ecoforte.

O projeto Ecoforte possui previsão de execução no Território do Sertão do São Francisco até o mês de dezembro de 2017, entretanto já está contribuindo com maior visibilidade das Cooperativas filiadas à Central da Caatinga e também incentivando outros grupos produtivos que atuam na informalidade ou por meio de associações a se organizarem para assim ultrapassar as barreiras da comercialização.

Texto e fotos: Imburanatec Design
Edição: Comunicação Irpaa

 


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