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Jovens de Riachão do Jacuípe (BA) querem adotar a educomunicação para lutar contra a discriminação de uma comunidade

Jovens de Riachão do Jacuípe (BA) querem adotar a educomunicação para lutar contra a discriminação de uma comunidade

A Comunicação como direito, o direito à voz e à representatividade, foram temáticas que alicerçaram uma oficina de produção de vídeo e fotografia realizada para a juventude no último domingo (03), em Riachão do Jacuípe, no interior da Bahia. As/os jovens participam do Projeto “Da Rua do Fogo ao berço do Rio”, uma iniciativa da Jornalista Laura Ferreira, do Coletivo Impressa Cheque.

Essa foi a primeira etapa das oficinas de educomunicação que tem como público prioritário a juventude do Alto do Cruzeiro, bairro periférico da cidade e alvo de forte discriminação. A idealizadora da formação, Laura Ferreira, explica que há um preconceito em relação aos moradores/as da comunidade e que isso reflete na vivência da juventude. “Muitas vezes a gente encontra jovens com uma potencialidade incrível, mas com a baixa estima muito grande”, explica. Diante dessa realidade, a jornalista acreditou e apostou na educomunicação como um elemento de transformação social do Alto do Cruzeiro. “A gente precisa, enquanto protagonista, cidadã, jornalista, colaborar com isso”, afirma Ferreira.

Dialogando com essa proposta, a oficina buscou instigar as/os jovens a produzirem conteúdos a partir das suas vivências na comunidade, divulgando o material em vídeo e fotografia nas redes sociais e em outros espaços. A ideia debatida com a juventude foi de produzir uma comunicação baseada nos princípios da comunicação popular e comunitária, que denuncie as mazelas diárias, mas também anuncie as riquezas e potencialidades presentes no bairro.

A formação foi facilitada por integrantes da equipe de Comunicação do Irpaa em parceria com a jornalista Naiara Soares. A programação foi dividida em momentos teóricos e práticos, onde a juventude pode conhecer, de forma mais aprofundada, técnicas de fotografia e as etapas de produção de audiovisual. Para colocar em prática os conhecimentos, as/os jovens se dividiram em grupos e produziram pequenos vídeos e fotos.

A equipe da adolescente Maria Helena de Castro, 12 anos, moradora do Alto do Cruzeiro, produziu o vídeo abordando a poluição do Rio Jacuípe. “A gente trouxe sobre a poluição do rio Jacuípe. ‘Tipo’, muitas pessoas passam e não tão nem aí. A gente mostrou que nós queremos solução”, explica a adolescente, que acredita importante expor essa realidade. “Eu acho que quanto mais a gente mostrar e falar disso e não abafar o caso, a gente traz uma maneira de conscientizar as pessoas de como isso é importante [preservação do rio]”, declara Casto.

Para o jovem José Guilherme da Silva a oficina foi “uma coisa nova que a gente vai aprendendo (…), eu não sabia editar, não sabia como tirar uma foto, é conhecimento que a gente vai levando pra vida”. Segundo ele, esse conhecimento de como produzir conteúdo pode contribuir para divulgar o bairro, uma percepção semelhante a de Romilda de Jesus Santos Queiroz, que já realiza trabalhos sociais no bairro.. Para ela, “as oficinas, tanto de foto, quanto de vídeo, ajudarão eles [jovens] a mostrar o talento deles, a mostrar nossa vida, nosso cotidiano, mostrar a vivência do bairro”.

Romilda ainda destaca como algo positivo na formação a valorização do bairro. “Vocês acreditaram no meu bairro, o bairro que eu falo é o Alto do Cruzeiro, aquele que é tão discriminado, tão esquecido pela população e vocês valorizaram e acreditaram no potencial dos meus jovens e acredito que eles vão carregar pra vida toda”, declarou Romilda, que participou de toda a oficina.

Para a jornalista Naiara Soares, “foi muito importante levar para a comunidade a discussão sobre o direito à comunicação e falar sobre a importância de valorizar as pautas da comunidade (…), o que tem de legal, o que precisa ser mostrado, ao mesmo tempo o que tem na comunidade que precisa ser discutido, pensado, questionado”.

Ao final de oficina as/os jovens demonstraram satisfação e vontade de continuar o bate-papo sobre a valorização de sua comunidade. Outras atividades estão sendo planejadas para que a juventude possa fortalecer, através da educomunicação, a identidade do povo do Alto do Cruzeiro.

Texto: Comunicação do Irpaa
Fotos: Ana Vitória (jovem comunicadora) e Comunicação do Irpaa


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