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Encontro expõe degradação da Caatinga

Encontro expõe degradação da Caatinga

A Caatinga ocupa aproximadamente 11% do território nacional e 70% do Nordeste. O bioma é fonte de riquezas vegetais e animais, sendo que algumas espécies são exclusivas dessa região. A Caatinga é também um espaço por onde correm rios importantes, como o São Francisco, que nasce nas serras de Minas Gerais e corta o Semiárido para chegar à Mata Atlântica, onde encontra o mar. Mesmo diante da sua importância, a Caatinga vem sendo destruída por queimadas e, principalmente, pelo desmatamento causado pela implantação de grandes empreendimentos como os parques de energia solar, energia eólica e mineração, como foi debatido no encontro “Mudanças Climáticas: impactos e perspectiva no bioma Caatinga”, realizado hoje (28) em Feira de Santana-BA.

Avaliando este cenário, Diêgo Costa, doutorando em Energia e Ambiente pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, destaca que nos últimos 22 anos, a Caatinga vem sofrendo duras agressões, chegando a perder aproximadamente 10 milhões de hectares de área vegetal. No Território Sertão do São Francisco tem sido cada vez mais comum a derrubada da Caatinga para a geração da chamada “energia limpa”, que destrói a Caatinga de várias formas. Para Clérison Belém, representante da Articulação do Semiárido – ASA, esse modelo só fortalece a pobreza e a fome. Em consonância com Clérison, Luís Almeida, colaborador do Irpaa, aponta que “As principais ações que vêm degradando tanto a Caatinga, quanto o seu povo, são fruto de um modelo de desenvolvimento extremamente predatório e que só visa o empobrecimento do povo”.

Na contramão dos impactos causados pelas grandes empresas, as organizações da sociedade civil têm trabalhado opções de preservação e recuperação da Caatinga, tendo como ponto de partida as ações de Recaatingamento, Agrocaatinga e Educação Contextualizada. “O Recaatingamento tem cumprido um papel de fortalecer a organicidade local, de valorizar as potencialidades da Caatinga e subsidiar as famílias com conhecimentos a respeito da importância da vegetação”, destaca Luís.

Outra experiência que tem sortido bons efeitos é o trabalho de Agrocaatinga, que tem sido difundido pela Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido - Refaisa. “Ao mesmo tempo que a gente pode produzir alimentos melhorando a nossa renda, melhorando a segurança alimentar e nutricional da família, estamos preservando a Caatinga”, relata Aurivan Santana, representando da Refaisa.

De acordo com Aurivan, a educação se apresenta como um caminho para contribuir na reversão do quadro de degradação pelo qual passa a Caatinga. A Educação Contextualizada “é uma das possibilidades para que a gente possa reverter o processo de degradação da Caatinga [...] A Educação Contextualizada tem esse papel de discutir as problemáticas que existem no ambiente do estudante para que daí ele possa pensar em soluções”, defende Aurivan.

Texto e foto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa


 


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