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Manejo e conservação da Caatinga é tema de formação para famílias participante do projeto Ecoforte

Manejo e conservação da Caatinga é tema de formação para famílias participante do projeto Ecoforte

Discutir o uso, manejo e conservação da Caatinga, com foco no Recaatingamento, foi o objetivo do encontro que reuniu famílias da comunidade de Ladeira Grande, em Casa Nova BA, no dia 25 de maio deste ano, na sede da Associação de Fundo de Pasto de Pequenos Produtores e Agricultores de Ladeira Grande. Participaram desta formação, famílias atendidas pelos Projetos Bahia Produtiva e Ecoforte, o primeiro é assessorado e o último é realizado pelo Irpaa a pouco mais de um ano.

O tema da formação foi um pedido da comunidade, que já tem uma tradição de criação de abelhas e a comercialização do mel, e que agora tem crescido a ideia de preservar a Caatinga, diante da importância tanto do pasto apícola, como da existência da vegetação nativa, garantindo a permanência das famílias no território.

Para o jovem Leonardo Santos, que também é agente Comunitário de Apicultura da Associação Comunitária, há uma necessidade local de buscar meios para esta preservação, pensando nas futuras gerações e na economia local, “aqui na comunidade existem áreas que estão sendo degradadas, principalmente, na margem do riacho, então a gente está tentando reverter e paralisar esse quadro para não seguir a diante...então fazer um trabalho consorciado de preservação e ao mesmo tempo oferecer mais pastagem apícola para estas abelhas”, justifica. Leonardo idealiza também criar um banco comunitário de sementes e mudas de plantas nativas para garantir insumos para esta ação do Recaatingamento.

Uma ação que para Dona Joaquina da Rocha “é possível com a ajuda um dos outros”. Para ela a juventude local tem papel fundamental em tocar esta intervenção do recaatingamento. Pensamento compartilhado pela jovem Iane Mariana, do grupo de jovens da comunidade, que acrescenta que a participação da juventude é para dar continuidade a esse trabalho da preservação, assim como a produção do mel, uma das fontes de renda da comunidade. “Como é para fazer a casa do mel para melhor a produção, então se não preservar, daqui a um tempo pode não ter mais a produção da apicultura, as abelhas não vão encontrar plantas para produzir o mel”, argumenta sobre a necessidade de trabalhar para manter a Caatinga em pé.

Na ocasião também foram realizadas ações do projeto Bahia Produtiva, uma dela foi a construção do calendário apícola da comunidade. Neste momento, as famílias foram identificando quais as plantas nativas, o período e a intensidade da florada como uma estratégia de ter um plano que corresponda a realidade de pasto apícola da comunidade. “A gente já sabe a importância das abelhas para a polinização das plantas e a preservação de algumas espécies, o passo é garantir que tenha o pasto apícola”, justifica Leonardo sobre a necessidade do conhecimento popular somado ao científico no âmbito da produção de mel e preservação ambiental.

A associação comunitária de Ladeira Grande desenvolve o projeto Bahia Produtiva e a Casa do Mel que tem o objetivo de investir na forma mais intensiva na atividade apícola, além de projeto de beneficiamento de derivados da mandioca, como a produção de sequilos que são fornecidos para a merenda escolar, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Além disso, a comunidade de Ladeira Grande está entre as 20 associações e cooperativas sendo acompanhada pelo projeto Ecoforte realizado pelo Irpaa.

Entrega de mudas

Neste dia, a comunidade recebeu 120 mudas de maracujá da Caatinga, ação prevista no Projeto Ecoforte, com o objetivo de fortalecer essa prática do Recaatingamento, como explica a colaboradora do Irpaa, Gizeli Maria, “a própria comunidade se atentou em fazer essa avaliação de como está a caatinga na comunidade... e tem muitas plantas que não tem mais na comunidade, a ideia é trazer mudas para serem plantadas nessas áreas de recaatingamento”, explicou. O próximo passo do projeto Ecoforte será a entrega dos equipamentos previsto para dez unidades produtivas de frutas, mel, mandioca.

Gizeli explica ainda que a formação sobre Recaatingamento já era uma ação prevista no projeto, assim como já era uma necessidade da própria comunidade, que tem como contrapartida do projeto reservar uma área da comunidade para preservar e plantar espécies nativas.


Projeto Ecoforte

O Projeto, que faz parte do Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica, conta com o financiamento do Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Governo Federal e atenderá diretamente dez empreendimentos distribuídos nos municípios de Juazeiro, Casa Nova, Curaçá, Sento Sé e Remanso. Esses grupos trabalham com cultivos e beneficiamento de produtos como mandioca, mel, ovos, umbu e outras frutas. Além das dez organizações mapeadas, indiretamente as ações do projeto atenderão outros grupos nestes e nos demais municípios.

O projeto conta com a parceria da Embrapa Semiárido, Companhia de Ação Regional (Car), Codevasf, Sasop e Coletivo baiano de educadores e educadoras em Economia Solidária.


Texto e Foto: Comunicaão Irpaa 


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