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Instrumentos metodológicos são foco na formação de agentes de Ater

Instrumentos metodológicos são foco na formação de agentes de Ater

Com o objetivo de aprofundar o conhecimento e a prática sobre metodologias participativas do Projeto de Assessoria Técnica e Extensão Rural Agroecológica foi realizada, entre os dias 18 a 21 de fevereiro, a segunda formação dos Agentes de Ater, projeto realizado pelo Sasop em parceria com o Irpaa. No evento, as/os participantes se debruçaram sobre novos instrumentos metodológicos participativos indo a campo, aprofundaram conhecimentos sobre agroecologia, além de refletirem sobre as intervenções a serem realizadas nesta primeira ação do projeto, que é de conhecer a situação do agrossistema do/a agricultor/a familiar e o contexto que está inserido/a.

Na parte prática, a equipe foi a campo realizar, de forma colaborativa, a primeira caracterização familiar, onde ao final deste momento tinham como um dos resultados um “retrato” da realidade da família camponesa. Para isto, utilizaram instrumentos metodológicos participativos, como construção coletiva da linha do tempo da família, mapa da propriedade familiar, construção do fluxograma de entrada e saída de insumos e visita às áreas de produção de quatro famílias da comunidade de Frade, em Curaçá, Bahia. Estas informações foram sistematizadas pelos agentes de campo no último momento do Encontro, a partir disso discutiram em conjunto o que precisava ser fortalecido e aperfeiçoado nas ações futuras previstas no projeto junto às famílias.

Uma das famílias que recebeu uma das turmas foi a de Dona Teresa Costa e Seu Nestor Costa, moradores da comunidade de Frade, Curaçá. Para a família, este momento de “desenhar” a própria realidade e contar a sua história foi importante, “vocês querem ter mais conhecimento da gente e nós também”, afirma.

Carlos Eduardo de Souza, coordenador do Sasop, explica que este momento é estratégico para aprofundar o conhecimento de como a agricultura familiar está se produzindo nesta região. Para que “possamos junto com os/as agricultores/as conhecer melhor o sistema agrícola deles, a evolução desse sistema para uma transição agroecológica no contexto do Semiárido, para que possam cada vez mais viabilizar seu modo de vida nessa região”, afirma.

Ater Agroecológica

A família de Dona Teresa e Seu Nestor, que vem sendo assessorada pelo Irpaa com as intervenções de acesso à água e o serviço de Ater, também avaliou positivamente esse conjunto de ações voltadas para Convivência com o Semiárido, apontando que estas intervenções tem provocado mudanças na realidade local e gerado resultados na vida de todos/as da família. Para Dona Teresa, o fato de duas filhas concluírem o ensino técnico e outro filho está estudando também é fruto destas mudanças que vem ocorrendo na sua comunidade.

Para seu Nestor, a presença de uma assessoria na rotina da família é necessária e é um ganho a mais que reflete na própria comunidade, não somente na vida da família, “se qualquer um tiver em dúvida, a palavra de vocês dá um entendimento a mais pra comunidade…”, avalia. A expectativa da família é que o Projeto de Ater Agroecológica, que está se iniciando, dê continuidado as mudanças e melhorias na qualidade de vida. “Natan [agente de Ater] vai ficar com a gente ...é muito importante para a comunidade… a gente não tinha nada disso antes”, aponta Dona Teresa.

“Essa Ater Agroecológica tem uma abordagem mais comunitária, de compreender a história e a origem da comunidade, bem como a relação da família com a comunidade ou no contexto da comunidade. Nisto, a abordagem da Agroecologia, além da temática, é uma aproximação com a política nacional de Agroecologia no contexto do Semiárido”, explica Tiago Pereira Costa, Coordenador Institucional do Irpaa. Para o Coordenador do Sasop, Carlos Eduardo de Souza, esta também é uma oportunidade de “fazer com que a agroecologia seja disseminada no Território Sertão do São Francisco”, conclui.

O projeto de “Promoção da Agricultura Familiar por meio da Ater agroecológica para o desenvolvimento rural sustentável no Território Sertão do São Francisco” teve seu início este ano em oito municípios do Território. O projeto é uma realização do Sasop (Serviço de Assessoria a Organizações Populares) em parceria com Irpaa, e é parte da Chamada Pública Incra e SAF/Dater nº 12/2013 e será executado durante três anos. Uma equipe de 17 pessoas das áreas de técnica em agropecuária, agronomia e assistência social irão atuar diretamente nas comunidades acompanhadas pelo projeto, atendendo mil famílias.

Texto e Foto: Comunicação Irpaa


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