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Comunidades se apropriam de tecnologia para criação de galinhas

Comunidades se apropriam de tecnologia para criação de galinhas

As comunidades de Brejo de Fora e Brejo de Dentro, no município de Sento Sé, já comemoram implantação das tecnologias sociais obtidas através do P1+2 (Programa Uma Terra e Duas Águas), que tem por objetivo estimular a participação comunitária no desenvolvimento rural no Semiárido brasileiro, promovendo a soberania, a segurança alimentar e nutricional e a geração de emprego e renda às famílias agricultoras, através do acesso e manejo sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos e criação de animais. 

Além das cisternas-calçadão e de cisternas de enxurrada, as comunidades se empenharam para aprender a construir o galinheiro, que faz parte do caráter produtivo do programa. Ao todo serão 55 famílias beneficiadas, contando as duas comunidades. Todas receberam as tecnologias de estocagem água para produção, motivo de muita esperança para Seu Roni Cardoso. Para ele, é uma benção receber uma tecnologia simples, mas que pode fazer a diferença para quem mora em comunidades rurais.

A escolha da atividade produtiva foi feita a partir do que a comunidade já tem experiência, ou seja, criação de galinhas. O objetivo é incentivar quem cria essas aves, faça da forma adequada, e quem não cria, comece a criar, estimulando a formação de uma pequena economia local. A melhoria da qualidade de vida das famílias, inclusive, financeiramente, é um dos objetivos do P1+2.

Cada família é responsável pelo funcionamento do galinheiro. Para isto, o treinamento para construção do ambiente de criação e o manejo para lidar com as aves são repassados pelos animadores de campo, que juntam as famílias e, durante um dia, aprendem como fazer. Depois do treinamento, cada família faz seu próprio galinheiro a partir do que assistiram. A parte sanitária também é oferecida à família. Todos os cuidados higiênicos que devem ser tomados. 

O modo como o galinheiro é construído, próximo à cisterna de enxurrada, é para facilitar o uso da água acumulada para dessedentação das aves. As famílias também são capacitadas para fazer a ração dos animais, de forma sustentável e que não necessite comprar. Um exemplo é usar as sobras das hortaliças, sorgo e milho que já plantam.  No galinheiro, cercado com tela de arame, podem ser colocadas até 50 galinhas, que estão protegidas dos predadores naturais, como a raposa e o teiú.

Seu João Bosco diz estar muito feliz com as possibilidades benéficas do programa e já preparou o terreno para também construir o galinheiro. A espera o deixa ansioso para começar a produzir. Com a família vivendo no campo, ele quer que seus filhos e filhas também consigam obter os benefícios das tecnologias de convivência com o semiárido.

Texto e Foto: Laércio Lima

Disponível em: www.asabrasil.org.br


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