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22.07.2017
“Nós vivemos duas semanas para construir e desconstruir conhecimentos”, diz participante da 25ª Escola de Formação para a Convivência com o Semiárido
Fortalecer a atuação da juventude nas comunidades rurais, resgatar a cultura e defender a proposta da Convivência com o Semiárido foram alguns dos compromissos firmados no último dia (21) da 25° Escola de Formação para a Convivência com o Semiárido, que aconteceu no Centro de Formação Dom José Rodrigues, reunindo 43 jovens do Semiárido, de 10 a 21 de julho.
A jovem estudante da Escola Família Agrícola (EFA), da Serra da Capivara, em Piauí, Sandra Kelly Ribeiro Cavalcante saiu da comunidade Baixa dos Morros (PI), onde coloca em prática os conhecimentos adquiridos na EFA, como o cuidado com a terra, cultivo e criação de caprinos, motivada em ampliar esse aprendizado. “Daqui eu vou levar muita informação...lá na minha comunidade tem associação, mas eu nunca tive interesse de aprender o princípio do que é uma associação, e aqui eu tive isso”, afirma Sandra.
Potencializar a captação de água da chuva, o manejo da Caatinga, produção de forragem, são alguns dos conteúdos que Sandra deseja compartilhar. “Na minha comunidade tem muito técnicos, quero juntar todos eles e compartilhar com eles o que eu aprendi aqui, pra colocar em prática em toda comunidade”, fortalecendo a proposta da escola, que é de contribuir na formação de multiplicadores/as da proposta de Convivência com o Semiárido.
“Vocês tiveram acesso ao conhecimento sistematizado, sistematizado a partir do chão que a gente pisa. Vocês precisam fazer com que esse conhecimento chegue às comunidades, associações, nos sindicatos e em outros espaços...percebam que vocês têm uma grande responsabilidade, a de nós ajudar a defender a proposta de Convivência com o Semiárido”, pontuou Tiago Pereira, Coordenador Institucional do Irpaa.
Dialogando com esse pensamento, a jovem Alciara Lima dos Santos, da comunidade rural de Santa Cruz da Venerada, em Pernambuco, afirmou: “Nós vivemos duas semanas para construir e desconstruir conhecimentos...é nesse momento, nesses espaços que a gente se fortalece para ajudar nossas comunidades”, avaliou.
Avaliação
Como parte da metodologia da Escola, ocorreu a avaliação - momento em que as/os jovens expuseram os pontos positivos e negativos percebidos ao longo das duas semanas, e também apresentam sugestões. Para a jovem Kaliane de Souza Lopes, do Sítio Canto Alegre, Pernambuco, a forma como os conteúdos e atividades práticas foram abordados valorizou os saberes das/dos participantes. Outro ponto positivo destacado foi a visita a barragem de Sobradinho, “conhecer a história de Sobradinho é muito importante. Vou levar essa história para minha comunidade, é uma história de muita luta e força do povo”, afirma Sandra.
Uma das sugestões dos/das participantes para a próxima Escola de Formação para a Convivência com o Semiárido é que seja garantido na programação um tempo ainda maior para debater as questões de gênero. Ao final, como acontece todos os anos, as/os jovens firmaram o compromisso de serem multiplicadores da proposta de Convivência com o Semiárido e de forma simbólica a esse compromisso, foi plantado uma muda de umburana de Cheiro, no Centro de Formação Dom José Rodrigues.
Texto/Foto: Comunicação Irpaa
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