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08.08.2016

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Caravana da Agrobiodiversidade do Semiárido conhece experiências de preservação de sementes nativas

Entre os dias 31 julho a 05 agosto de 2016 aconteceu o primeiro Intercâmbio do Núcleo Agroecológico do Semiárido, onde Caravanas formadas por estudantes, agricultores/as, professores/as e técnicos/as dos estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe particparam de visitas de campo em Triunfo (PE) e Campina Grande (PB).

No decorrer dos dias foram realizadas visitas em comunidades da região, no intuito de conhecer as histórias de famílias que se tornaram guardiãs de sementes, associações que foram contempladas com o Programa Semente, do governo federal, coordenado pela Articulação do Semiárido (ASA).

Em uma dessas visitas, as/os participantes da Caravana conheceram a história de Maria da Soledade do Nascimento Silva e Alexandre Pedro da Silva, que há mais de 20 anos aderiram à agricultura de base agroecológica no sítio Carnaubinha, da comunidade Sacos dos Boi, em Triunfo. Em meio as dificuldades enfrentadas no período da seca, o casal consegui se tornar guardião de mais de 20 espécies de sementes crioulas de milho, feijão, guandu, pimentas, sorgo, entre outras. “Essa tradição de guardar sementes é desde meus antepassados, de pai para filho”, diz o agricultor Alexandre. Dona Soledade também deixa sua mensagem: “A vida é feita de amor, então tudo que fomos fazer, façamos com amor”.
Ao visitar a associação de mulheres Flores do Campo, da comunidade de Lagoa do Almeida, do município Santa Cruz da Baixa Verde, no Sertão de Pernambuco, foi possível conhecer histórias de vida de mulheres que se tornaram protagonistas na cultura do guardar e preservar sementes nativas.

Algo que chamou atenção foi como as mulheres se organizam para buscar direitos iguais na sociedade, através do projeto “Mulheres na Caantiga”, executado pela “Casa da Mulher do Nordeste”, que é pioneira no resgate do Bioma Caantiga, trabalhando a metodologia de formação voltada para o feminismo e os direitos das mulheres. A partir dessa organização, elas conseguiram o Banco de Sementes e cada agricultora contribui para guardar e preservar as sementes crioulas e através desse trabalho no coletivo foram beneficiadas com a tecnologia do caldeirão de produção de sistemas de consumo.

Texto e fotos: Tatiane Barbosa – Estudante da República do Irpaa
 

 

 

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