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Jovens

31.08.2015

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Estudante da República do Irpaa promove encontro de jovens em sua comunidade

No último dia 29 ocorreu o primeiro encontro de filhas e filhos de agricultores/as, com o tema: "Eu no meu território", na comunidade do Sítio de Alexandre, Patamuté, Curaçá - BA, onde participaram jovens das comunidades Santana, São Mateus e do Sítio de Alexandre.

O encontro foi iniciado pela estudante Mayara Cunha, oriunda da comunidade, que pediu ao grupo que desenhasse o Semiárido, conforme o entendimento de cada pessoa. Em seguida, foram feitas intervenções acerca dos desenhos negativos, trazendo a reflexão do quanto a região semiárida é descaracterizada pela mídia. A intenção da dinâmica era despertar a visão crítica dos/das jovens. Mayara relata ainda a visão negativa que ela tinha antes e agora afirma ser caatinguiera com orgulho. Um dos objetivos centrais do encontroo, era o reconhecimento dos/das jovens enquanto jovens do Semiárido.

A monitora da República de Estudantes, Aldenisse Souza, falou sobre o histórico do Semiárido, relatando as culturas, o paradigma da convivência e as políticas públicas conquistadas. Em grupos, as/os jovens de cada comunidade fizeram um diagnóstico da sua comunidade, mostrando suas culturas, o porque do nome da comunidade, os pontos positivos e negativos.

O grupo do São Mateus relatou em forma de cordel que o nome do povoado surgiu porque as/os antigos moradores/as sempre leram o livro de Mateus na bíblia. A festa de São Gonçalo apareceu como forte elemento da cultura, já como ponto negativo apontaram a falta de participação da juventude e positivo a associação na comunidade e o apoio do Irpaa.

Em forma de teatro o grupo da Santana relatou que o nome se deve ao fato da primeira moradora ser devota de Santa Ana. Como ponto negativo mencionaram a falta de energia e água, que não dependem dos/das moradores/das e sim dos governos. O diagnóstico aponta que a associação que foi fundada há pouco tempo é um ponto positivo, com isso a comunidades está se organizada e resgatando a cultura.

Já o grupo do Sitio de Alexandre, usou da linguagem da paródia e cordel para falar que a origem do nome do povoado se deu por um antigo morador que se chamava Alexandre. Os pontos negativos foi também a falta de energia elétrica e participação muito pouca dos jovens, mas eles também relatam que a associação e o apoio do Irpaa são pontos positivos na comunidade.

O encontro encerrou com o almoço, momento em que o presidente da associação do Sitio de Alexandre, Armando Azevedo, falou que se sente muito feliz por esse encontro está acontecendo e que a juventude estava precisando, que as portas da associação vão está sempre abertas. Seu José Rosa, morador da comunidade, falou que se sente muito emprazerado em ver toda essa juventude reunida.

A estudante Mayara Cunha fala que um conhecimento compartilhado é conhecimento sonhado, e relata a alegria de ter conseguido realizar o encontro, falou também que a juventude camponesa precisa se organizar para trazer melhorias para a comunidade e aposta no resgate das culturas, pois assim todos participaram dos mais novos aos mais velhos. Mayara agradeceu a todos que lhe deram as mãos para ajudar nesse caminho, pois, segunda ela, sozinha jamais conseguiria.

Texto: Marila dos Santos Rodrigues

 

 

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