IRPAA - Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada

Viver no sertão é conviver com o Clima

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Convivncia com o Semirido

É um modo de vida e produção que respeita os saberes e a cultura local , utilizando tecnologias e procedimentos apropriadas ao contexto ambiental e climático, constrói processos de vivência na diversidade e harmonia entre as comunidades, seus membros e o ambiente, possibilitando assim, uma ótima qualidade de vida e permanência na terra, apesar das variações climáticas.

 

" Viver no Semiárido é aprender a conviver"

No Nordeste não falta água, falta justiça!

(D. José Rodrigues, bispo emérito da Diocese de Juazeiro-BA)

 

 

Cisterna - Água da família

Agricultura Familiar

O uso em conjunto das águas da chuva e sub-terrânea garante água de qualidade às famílias, nos lugares da sua moradia, sem necessidade de adutoras.

Conhecendo o comportamento do clima e a aptidão natural das terras do SAB, nota-se claramente que a Criação de cabras e ovelhas é a atividade de maior viabilidade para o sustento das famílias. Para isso, precisa-se de terra em tamanho suficiente

Nos dias de hoje faz-se necessário à implementação de melhoria no manejo do rebanho, fornecimento de água, assim como a preservação da caatinga e o cultivo de plantas forrageiras adaptadas ao clima, garantindo a oferta de alimento durante o ano inteiro em forma de feno, silagem, produzido e armazenadodurante a época das chuvas.

Os tradicionais Fundos e Fechos de Pasto, institucionalizados em algumas regiões, usam a caatinga  de maneira ecológica e sustentável.

A Agricultura tem um papel importante para a manutenção da família no Semi-árido, observando sobretudo as práticas e plantas apropriadas ao clima da região. É de suma importância conhecer o potencial de plantas nativas. A agricultura de sequeiro deve-se concentrar em áreas reduzidas e bem cuidadas, utilizando tecnologias apropriadas, que conservem a água da chuva e evitem a evaporação.

Em áreas que permitem a prática da irrigação, a agricultura familiar orgânica ou ecológica é opção de grande importância. Ela corrige as distorções da agricultura convencional, através da estabilidade dos agroecossistemas e a utilização de recursos renováveis e auto-sustentáveis, aliando a qualidade dos alimentos com a conservação dos recursos naturais de produção e preservação da natureza, assim como valorização da agricultura familiar.

O Beneficiamento dos produtos da região, tanto vegetal, quanto animal, contribui para uma maior autonomia financeira das famílias, valorização dos produtos locais e a preservação ambiental.

Curso Umbu
Formação em Beneficiamento de Frutas nativas da Caatinga
O Reordenamento fundiário, projetos de reforma agrária e assentamentos precisam estar atentos ao fato que os padrões no SAB são diferentes em relação a outras regiões do Brasil: as atividades agro-pecuárias precisam seguir às condições do clima semiárido e o tamanho da terra para cada família, precisa ser dimensionado conforme a produtividade do conjunto solo/subsolo/clima local.

A discussão com a Juventude sobre a Convivência com o Semiárido surge da análise do contexto atual, no que se percebe a necessidade de envolvimento dos jovens na implementação e prática de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida, geração de renda e a participação ativa na sua comunidade, partindo para a atuação nas diversas áreas: sociais (organizações populares), públicas e políticas. 

Curso para Jovens

Curso de Formação para Jovens

As crianças, adolescentes e jovens têm sido também historicamente marginalizados, ficando expostos aos mais diversos tipos de violência social, inclusive pela ausência de políticas públicas comprometidas com a erradicação do trabalho infantil, com a ampliação dos espaços educativos que assegurem o direito ao lazer, cultura, esporte, e acima de tudo, uma educação escolar de qualidade que lhes garanta as aprendizagens necessárias à cidadania. Aos jovens, estas políticas precisam garantir ainda, oportunidades de trabalho com remuneração justa.

O trabalho que envolve a Relação de gênero significa questionar e reconstruir o papel de homens e mulheres, para que eles possam contribuir e se beneficiar igualmente na geração de renda e no processo de desenvolvimento individual, da família e da comunidade.

A Educação para a Convivência com o Semiárido, consiste no desenvolvimento de ações direcionadas para um novo modo de produção da vida que une escola e comunidade, saber e necessidade, conhecimento e desenvolvimento, para provocar mudanças significativas na realidade.

As Organizações populares como: cooperativas, sindicatos, pastorais, dentre outras, possuem uma grande capacidade de mobilizar as comunidades no sentido de propor e reivindicar ações públicas que correspondam aos interesse do povo e que estejam de acordo com a realidade do Semiárido brasileiro.

As pessoas que se encontram nos centros urbanos enfrentam problemas diários que muitas vezes estão ligados à falta de conhecimento sobre o ambiente, como a exemplo da escassez cada dia maior de água que ocorre, entre outros fatores, por conta da degradação ambiental. A água de qualidade inferior é um grande problema também nas cidades, provocando doenças e mortes.

A força da mulher é decisiva para o desenvolvi-
mento da sociedade

O conhecimento do ambiente no seu aspecto natural é um primeiro passo para a discussão de outros elementos que também compõem o Semi-árido brasileiro. É preciso refletir sobre os processos educativos e o tipo de saberes e valores que têm sido produzidos nessa região e que muito pouco têm ajudado a diminuir as desigualdades. Para isso, as escolas do Semi-árido, sejam elas rurais ou urbanas, precisam ser compostas de uma proposta curricular que permita, sobretudo, a construção de um ensino-aprendizagem que problematize a realidade onde estas escolas se inserem, possibilitando a construção de um currículo contextualizado para que desde pequenas, as crianças se reconheçam no espaço sócio-ambiental em que vivem e se constituam sujeitos comprometidos e reponsáveis com o bem-estar social.

A Convivência com o Semi-árido tem como um dos princípios, a inclusão social das pessoas, bem como dos saberes marginalizados, com vistas à redução das desigualdades gritantes nessa região.

Essa política de inclusão tem como meta, reverter os índices sociais no Semi-árido, que apresentam as piores estatísticas de desenvolvimento humano e infantil deste país, os quais resultam de um modelo de desenvolvimento que ratificou o discurso da inviabilidade e legitimou a política da “assistência e do combate à seca” como sendo as saídas. Esta região foi por muito tempo desacreditada e politicamente utilizada para fortalecimento das elites que se sustentaram nas condições desiguais da população.

OUTROS ELEMENTOS ESSENCIAIS E INDISPENSÁVEIS  QUE PRECISAM SER PENSADOS E PLANEJADOS CONFORME A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO.

- Estrutura fundiária compatível com a realidade solo/subsolo/clima
- Créditos bancários
- Estruturas de comercialização e beneficiamento
- Diversificação de profissões na área rural
- Universalização do Ensino básico e ampliação dos centros universitários
- Estruturação do Sistema de saúde, conforme a realidade rural
- Construções adequadas ao clima
- Políticas públicas básicas universalizadas -


 

 

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